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Escalada autoritária de Toffoli gera revolta
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O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), passou a ver dados sigilosos de quase 600 mil pessoas, incluindo empresários e autoridades brasileiras. O Banco Central liberou o acesso depois que ele pediu cópia de todos os relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Coaf durante os últimos três anos.

A justificativa de Toffoli é bizarra: entender o procedimento de elaboração e tramitação das informações. A iniciativa do ministro, segundo a Folha de S. Paulo, gerou apreensão no governo, já que há integrantes da família Bolsonaro citados nesses documentos. A Procuradoria-Geral da República estuda medidas contra a determinação. Vai mesmo toma-las?

A atitude de Toffoli produziu muita revolta, não exatamente da militância bolsonarista. Esta está bem mais focada em pedir o impeachment de Gilmar Mendes, poupando o presidente do Supremo e ex-advogado do PT, com base na "estratégia" de derrubar um de cada vez. Mas a explicação soa pouco convincente.

Felipe Moura Brasil, da Jovem Pan, comentou: "Escalada autoritária de Dias Toffoli – parceiro de Gilmar Mendes na blindagem de políticos de esquerda, centro e direita, além dos próprios ministros – turbinou-se com a complacência de AGU e PGR escolhidos por Jair Bolsonaro, bem como da direita flaviana". Ele explicou melhor durante o Jornal da Manhã:

O caso também foi um dos temas do meu comentário hoje mais cedo no jornal:

Modesto Carvalhosa, que tem sido uma vez firme contra os abusos do Supremo, manifestou-se também, indignado com a decisão e cobrando resposta da PGR:

Roberto Freire, incrédulo, disse que o caso seria inaudito e escandaloso sendo mesmo verdade:

O MBL cobrou reação da PGR, e questionou o que Toffoli pretende fazer com todos esses dados sigilosos:

Um de seus fundadores, Renan Santos, foi ainda mais enfático na crítica, levantando a suspeita de "acordão" entre Toffoli e Bolsonaro para blindar o filho Flavio:

Rubinho Nunes, advogado também ligado ao MBL, afirmou se tratar de uma clara afronta à lei:

A postura de Dias Toffoli é simplesmente inaceitável. Seu voto de "minerva" na decisão que culminou na soltura de inúmeros bandidos, entre eles Lula e Dirceu, seu antigo chefe, foi patética, totalmente política, sem fundamento jurídico (o que não quer dizer que não existam bons argumentos jurídicos para a decisão). Seu inquérito contra Fake News e ameaças ao STF é arbitrário, ilegal, abusivo. Até quando a sociedade vai aceitar esse escárnio?

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