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Governo Bolsonaro mancha imagem do Brasil no exterior?
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Muitos acham que o governo e em especial o presidente Bolsonaro mancham a imagem do Brasil no exterior. Bolsonaro seria tosco demais, "obscurantista" em demasia, um presidente que não liga para pautas como ambientalismo e proteção das minorias. É verdade?

O ministro Paulo Guedes reclamou recentemente que muitos brasileiros falam mal do Brasil, o que em nada ajuda. Temos uma matriz energética limpa, protegemos bem mais nossas florestas em termos relativos, mas a turma insiste em fazer coro com os "progressistas" e detonar o governo.

Fernando Gabeira, em sua coluna de hoje no Globo, discorda de Paulo Guedes e argumenta em defesa das críticas feitas e até do movimento "Stop Bolsonaro", para deixar claro que nem todo povo brasileiro é "atrasado". Diz ele:

Paulo Guedes disse que nossa imagem negativa é produzida pela ação de alguns brasileiros. Esqueceu-se de um deles, Jair Bolsonaro. A visão de mundo de Bolsonaro, sua política ambiental e seu desprezo pela gravidade da pandemia são alguns dos fatores que arrasaram nosso prestígio no exterior.

O Brasil sempre exalou vida, alegria, música exuberante e talentosos intérpretes. O próprio Guedes e Bolsonaro participaram de um espetáculo devastador para nossa imagem: uma live em que é tocada no acordeom a “Ave Maria” de Schubert.

[...] Paulo Guedes está enganado. Estamos tentando segurar a onda dessa grotesca vulgaridade do governo brasileiro. Quando se faz o movimento Stop Bolsonaro lá fora é para mostrar que nem todos os brasileiros compartilham essas ideias retrógradas.

Quando escrevi Esquerda Caviar, fiz questão de terminar em tom de esperança, e por isso fechei com o caso de Gabeira, um guerrilheiro comunista que evoluiu. Não deixou de ser de esquerda, mas uma esquerda com algum bom senso, civilizada. Nesse caso, Gabeira voltou a decepcionar.

Concordo com Marcos Petrucelli nessa: em que pese sua evidente evolução, Gabeira tem pouca moral para falar da imagem de brasileiros no exterior, ele que sequestrou um embaixador americano quando jovem comuna. Caio Blinder acha lindo, como acha lindo o passado de "luta" da colega Miriam Leitão. Mas é uma mancha vergonhosa no currículo.

Esses esquerdistas que fazem campanha "contra o governo", na verdade aderindo à uma agenda que usa o ecologicamente correto para prejudicar países emergentes, contribuem para piorar a imagem do nosso país no exterior. São inocentes úteis de globalistas, como é Greta Thunberg.

A postura de Bolsonaro em meio à pandemia pode ser criticada, claro, ainda que um grau de oportunismo histérico seja evidente. Mas daí a endossar a narrativa cafajeste de que o governo não liga para o meio ambiente ou para os povos indígenas vai uma longa distância, aquela que separa o honesto do desonesto intelectual.

Não cair na ladainha histérica dos alarmistas do "aquecimento global" não é o mesmo que desprezar o meio ambiente, e o Brasil tem 14% de todo o território em mãos indígenas. Nossa matriz energética, como já disse, é bastante limpa, com cerca de 70% vindo de hidrelétricas, e nossas florestas estão bem mais preservadas do que as europeias.

O governo poderia melhorar na comunicação, no marketing? Poderia, claro, apesar de sabermos que pouco mudaria, já que os globalistas odeiam mesmo é a essência, o conteúdo, o fato de o atual governo estar fechando torneiras nessa área, como fez Trump, igualmente odiado e atacado.

Os que pedem para Bolsonaro se curvar diante da patrulha politicamente correta, portanto, exigem uma guinada de comportamento que, na prática, significaria colocar um "progressista" no poder. Mas foi um conservador que venceu! Não foi Luciano Huck, Geraldo Alckmin, Sergio Moro, Mandetta ou algum tucano qualquer, mas um direitista. É preciso aceitar o resultado, lidar com isso.

A esquerda não consegue. Gabeira e companhia se sentem "envergonhados", pois o presidente "tosco" não fala a língua de Davos, não se parece com o elegante Macron ou o descolado Trudeau. Bolsonaro destruiu nosso "soft power", diz Gabeira. Virou motivo de piada em Portugal. Os fundos não querem mais investir no Brasil pelo suposto desprezo ao meio ambiente.

Tudo balela! Tudo realidade de uma elite fechada em sua bolha "progressista". Se Paulo Guedes conseguir emplacar sua agenda de reformas liberais, os investidores virão, em peso. Querem mais estabilidade (difícil com esse STF), liberdade, previsibilidade. Quem liga para discurso lacrador é a elite culpada. Já o povo quer segurança e emprego, não sofisticação do líder.

Mas são coisas que a patota não quer enxergar. O país que tem bunda de mulata no carnaval como primeiro item de "exportação" está agora envergonhado com o presidente da Embratur sanfoneiro, que toca "Ave Maria" em homenagem aos mortos na pandemia? Gabeira conclui em tom sombrio:

Já não podemos sair, os capitais dos fundos de pensão não querem entrar, daqui a pouco boicotam nossos produtos no exterior. Por que não se reúnem na intimidade para ouvir o presidente da Embratur tocar a “Ave Maria”? Há espaço para tudo aqui dentro. Mas nem tudo representa o Brasil.

Bobagem! Lula era adorado pela elite global, era "o cara" segundo o esquerdista Obama, virou capa de revistas e jornais europeus com elogios rasgados, o pessoal do Le Monde o idolatrava, e deu no que deu para o país e o povo!

Para a turma politicamente correta, o Brasil seria o máximo no exterior se Bolsonaro fizesse como Sâmia Bomfim e anunciasse como vice uma "mulher, trans, negra, mãe, periférica, professora, cristã, do PSOL". A patota vai ao delírio, e o resultado nas urnas é nulo!

Quando essa turma vai entender que essa imagem para uma minoria na bolha "progressista" não vale tanto assim? A esquerda vive de estética; o povo e os investidores querem resultados. E isso só liberais conseguem entregar. Deixem Paulo Guedes trabalhar!

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