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Que o socialismo nunca funcionou nem nunca funcionará, qualquer pessoa minimamente atenta e inteligente já sabe. Todas as experiências fracassaram de forma retumbante, em todos os continentes. Trouxeram apenas miséria e escravidão.

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Mas o caso mais evidente, aqui em nossa América Latina, responsável por suspiros emocionados dos idiotas úteis até hoje, sempre contou com uma desculpa esfarrapada: os tais embargos. Não os infringentes do STF, que inocentam chefes de quadrilha. Mas os comerciais impostos pelo governo americano.

Cuba, vale notar, está sob o embargo comercial americano – e só o americano – porque apontou mísseis atômicos para a Flórida e encampou empresas americanas sem indenização. Não é porque se trata de uma ditadura, como pensam aqueles que consideram essa postura americana contraditória.

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Em Cuba há hotéis espanhóis, turistas do mundo todo, inclusive americanos que vão pelo Canadá, o “El Coma Andante” usa roupas de grife italiana ou alemã com frequência, enfim, somente empresas americanas estão proibidas de praticar comércio com a ilha caribenha.

Não obstante, a esquerda que baba pela boca sempre aponta tais embargos como culpados pela miséria do país, que recebia bilhões de mesada da URSS, e agora recebe dos petrodólares venezuelanos e da importação de escravos, digo, médicos pelo Brasil.

Primeira incoerência divertida: ao fazer isso, a esquerda carnívora reconhece, sem se dar conta, que praticar comércio com os malditos ianques é algo desejável, que enriquece o país. Ou seja, eles sabem, no fundo, que a globalização é vantajosa para os países mais pobres, especialmente por conta do consumismo burguês dos americanos. Hilário, não?

Mesmo sendo divertido ver tamanha contradição, o fato é que os embargos sempre serviram de pretexto. E agora, com a Venezuela afundando cada vez mais rápido no buraco da miséria socialista, onde que falta até papel higiênico? O que dizer?

O problema insolúvel para os dinossauros da esquerda é que não só não há embargo algum americano contra a Venezuela, como os americanos já são os maiores clientes de seu único produto de exportação, o petróleo. E não é pouca coisa!

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A produção da estatal PDVSA cai ano após ano, pois a empresa virou um braço populista do governo. Ainda assim, há tanta reserva que ela ainda consegue produzir mais de 2,5 milhões de barris por dia. Os EUA compram cerca de um milhão por dia, mais de um terço do total!

Esse montante já foi bem maior em décadas passadas, mas ainda é uma quantia expressiva. Os odiados ianques, bodes expiatórios para todos os males do continente, são os maiores clientes do governo venezuelano, despejando todo ano uma montanha de recursos no país.

Para ser mais específico, um milhão de barris por dia ao preço de mercado em torno de US$ 100 dá um total de US$ 100 milhões por dia. Ou algo como US$ 35 bilhões por ano! Isso mesmo: só os americanos são responsáveis por algo como US$ 35 bilhões de entrada de divisas na Venezuela todo ano, para a compra do “ouro negro”, que é o terror dos ambientalistas.

Que sinuca de bico, hein, camaradas?! Como vão sair dessa agora? O que Chico Buarque e sua turma vão dizer? Vão culpar como os americanos pelo fracasso venezuelano? Melhor olhar para o lado, fingir que não viu nada, e xingar esse blogueiro e a Veja, não é mesmo? A vida precisa continuar. Até para os boçais…

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