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O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ao GLOBO que não houve qualquer retrocesso nos princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal. Especialistas apontam que houve, sim, uma perigosa flexibilização que pode custar bilhões aos cofres públicos. O secretário disse:

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As obras do PAC são de interesse nacional e a ideia da mudança foi dar mais eficiência. Não cabe fazer a análise de que uma obra de interesse nacional pudesse deixar de ser executada por causa de uma vírgula. A LRF é para consolidar a responsabilidade fiscal e não impedir obras estratégicas.

Sei. Interesse nacional, obra estratégica, vírgula. Eis a senha para… ignorar a Lei de Responsabilidade Fiscal que, diga-se de passagem, o PT nunca defendeu. Em nome do tal interesse nacional e da obra estratégica, a LRF vira algo secundário.

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É apenas uma vírgula que muda, trocando o indicador de ajuste das dívidas de forma retroativa para permitir mais endividamento (R$ 25 bilhões só no caso da prefeitura paulista, comandada por Fernando Haddad). Gostaria de oferecer a Augustin uma lição sobre a importância da vírgula. Consta do centenário da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Vejam: 

Portanto, como ficou claro, uma vírgula importa, e muito! Pode fazer toda a diferença do mundo. Pode ser o pretexto usado para rasgar uma importante conquista nacional, uma lei que tenta preservar a responsabilidade fiscal dos governos, sempre perdulários (especialmente o petista).

O secretário Arno Agustin, se ainda não estiver convencido da relevância da vírgula, pode escolher em que lugar colocá-la na frase abaixo:

SE O BRASILEIRO SOUBESSE O VALOR QUE TEM O PT ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

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– Se você for uma pessoa decente e razoável, colocou a vírgula depois de TEM;

– Se você for um típico petista, colocou a vírgula depois de PT.