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Doze anos do atentado de 11 de setembro de 2001. Quais são as lições?
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Uma das maiores tragédias da história ocidental ocorreu há exatos 12 anos. Quem não se lembra daquelas imagens chocantes? Quem se esqueceu de onde estava naquele segundo em que as torres gêmeas eram atacadas por aviões transformados em mísseis?

Não podemos jamais esquecer. Tampouco podemos ignorar as lições importantes dessa desgraça. A turma antiamericana ou dos multiculturalistas tenta relativizar o ocorrido, quando não culpar a própria vítima pelo ataque terrorista.

Há ainda os mais excêntricos que acreditam que tudo foi um “inside job”, ou seja, o próprio governo americano teria derrubado as torres em uma conspiração planetária de causar inveja no mais fantasioso dos autores de ficção.

Mas eis o mais relevante: fanáticos islâmicos declararam guerra santa (“jihad”) ao Ocidente e tudo que ele representa, ou seja, liberdade individual (incluindo a feminina), capitalismo, democracia, consumismo burguês, estado laico. Simplesmente não toleram isso. E querem destruir tudo, a começar pelo seu ícone maior, o Grande Satã, os Estados Unidos.

Infelizmente, a covardia de muitos no próprio Ocidente tem impedido uma visão mais clara e direta da coisa. O antiamericanismo patológico completa o desserviço: é preciso aliviar o lado de lá e também condenar o lado de cá. E quem ousar colocar os pingos nos is, será logo chamado de “islamofóbico”. Tal postura é um convite a novos ataques, naturalmente.

Para refrescar a memória de todos e resgatar alguns fatos, vou listar um pequeno número de atentados dos últimos anos, todos eles perpetrados por terroristas islâmicos. O tema é tratado no apêndice de meu livro Esquerda Caviar, que será lançado mês que vem pela Record. Lá vai:

– Em 1979, oitenta iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã e fizeram 52 reféns, durante 444 dias;

– Em 1980, seis terroristas islâmicos tomaram a embaixada do Irã em Londres e mataram duas pessoas;

– Em 1983, integrantes do Hesbollah, com apoio de Líbia e Irã, explodiram, com bombas suicidas, a embaixada americana de Beirute, matando 63 pessoas;

– No mesmo ano, o grupo jogou um caminhão com explosivos na embaixada americana, agora do Kwait;

– Em 1984, um ataque com bombas à embaixada americana no Líbano matou 24 pessoas;

– Em 1985, terroristas que trabalhavam para o governo da Líbia bombardearam os aeroportos de Viena e Roma, matando vinte pessoas;

– Em 1988, uma bomba explodiu no voo da Pan Am e matou 270 pessoas na Escócia;

– Em 1992, o Hesbollah bombardeou a embaixada israelense em Buenos Aires;

– Em 1993, um carro-bomba explodiu no World Trade Center, matando sete e ferindo centenas;

– Em 1994, um atentado explodiu o prédio da AMIA na Argentina, deixando 85 mortos e trezentos feridos no maior ataque terrorista da América Latina;

– Em 1998, um carro-bomba explodiu na embaixada americana do Quênia, e, poucas horas depois, outra explosão, desta vez na embaixada da Tanzânia, deixou um total de 224 civis mortos, e mais de 5 mil feridos;

–  Em 2001, o World Trade Center foi destruído por dois aviões, com mais de 3 mil mortos;

– Em 2002, um atentado terrorista em Bali deixou mais de 180 mortos e trezentos feridos;

– Em 2004, uma explosão em trem matou mais de duzentos e feriu mais de 2 mil em Madri;

– Em 2005, Londres foi vítima de uma série de explosões de bombas que atingiram o sistema de transporte público, deixando mais de cinquenta mortos e setecentos feridos;

– Em 2013, duas bombas explodiram na maratona de Boston, matando 3 pessoas e ferindo 170.

Como podemos ver, a guerra foi declarada faz tempo, não tem nada a ver com Bush ou coisa do tipo. É uma guerra cultural, entre fanáticos religiosos e as democracias liberais modernas. Reconhecer sua existência é o primeiro passo para não perdê-la.

É preciso tomar cuidado, portanto, com os bárbaros de dentro dos portões ocidentais, que tentam proteger os inimigos ou inverter os papéis entre vilão e herói, tal como fizeram na Guerra Fria. Acorda, Ocidente!

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