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Fernanda Lima: “É muito difícil fazer sucesso no Brasil”
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Fonte: UOL

“A inveja é a paixão que vê com maligno desgosto a superioridade dos que realmente têm direito a toda a superioridade que possuem.” (Adam Smith)

Tom Jobim já dizia que, no Brasil, o sucesso é ofensa pessoal. Pode ser politicamente incorreto dizer isso, mas não deixa de ser verdade: somos um país dominado por invejosos. A inveja não encontrou, por aqui, freios sociais possantes. É o que costuma acontecer em países mais coletivistas. Afinal, o sucesso é o destaque de indivíduos frente ao grupo, por seus méritos pessoais. E isso pode não ser muito suportável para aqueles que não chegam lá…

Em entrevista recente, a modelo e apresentadora Fernanda Lima foi mais uma a desabafar: “Acho que a gente tem que estar aberto as críticas e quanto mais sucesso você faz, mais críticas você recebe. É muito difícil fazer sucesso no Brasil, as pessoas não gostam muito de  ver as pessoas subindo, fazendo sucesso. Eu aprendi a lidar com isso. Hoje em dia não me magoa tanto, mas já fiquei bem chateada com as críticas”.

O grande perigo da pressão social movida pela inveja é impor um comportamento politicamente correto e covarde nas pessoas bem-sucedidas. O rico empresário, mesmo honesto, tem vergonha de assumir que ganhou dinheiro e que isso não é pecado, mas sim fruto de seus méritos. A bela modelo fica constrangida porque a beleza incomoda, principalmente numa época de total relativismo ético e estético. E por aí vai.

Se o Brasil pretende avançar, prosperar, e preservar liberdades individuais, então vai ter de lidar com essa “inveja coletiva”, uma marca nacional que atravanca nosso desenvolvimento e mantém o país preso à mediocridade.

Sim, algumas pessoas são melhores, possuem mais habilidades em áreas específicas, são mais inteligentes, esforçam-se mais, desfrutam de maior beleza, desenvolveram hábitos mais virtuosos. Repetir que “todos são especiais” é consolo para fracassado e o mesmo que dizer que ninguém é especial.

Hitler, afinal, era um ser humano. Somos mesmo todos “apenas diferentes”? Está na hora de assumir que não, e colocar a pressão social contra os invejosos, e não contra seus alvos…

Rodrigo Constantino

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