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Não tinha como esperar nada diferente. O editorial do NYT, ícone da esquerda americana, resolveu falar sobre o Brasil. Larga reconhecendo “grandes avanços” sociais, por meio do crescimento de renda dos mais pobres e das esmolas estatais (nada diz sobre crescer renda só com transferências, sem aumento de produtividade, o que é insustentável). Depois aborda o lado ruim: inflação alta, educação capenga e infraestrutura ruim.

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Soluções propostas? Ora, mais estado, claro! Nem uma única palavra sobre reduzir gastos públicos e crédito estatal para conter a inflação ou dar mais espaço para o setor privado investir. Nem uma única palavra sobre reformas estruturais, como a flexibilização das leis trabalhistas, a redução e simplificação da carga tributária, o enfrentamento do crescente rombo previdenciário. Nada.

O que o jornal propõe é mais gasto público em educação e mais investimento em infraestrutura. Simples assim. Basta o governo jogar mais dinheiro e pronto, tudo se resolve. Ainda que nosso governo gaste o mesmo que a média da OECD em educação, só que de forma muito ineficiente. Ainda que o PAC não decole, permaneça repleto de escândalos, e as prioridades do governo pareçam estranhas, como estádios de futebol em vez de estradas.

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A elite americana de esquerda sempre fez um tremendo mal aos países em desenvolvimento, pregando suas bandeiras estatizantes que espalham miséria e autoritarismo pelo mundo. Não foi isso que tornou os Estados Unidos essa potência rica. Que tal pregar o capitalismo liberal, responsável pelo sucesso relativo da América, aos outros países também?