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Obama sobre elevar o teto da dívida… em 2006. Quem te viu, quem te vê!
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A grande imprensa está endossando o discurso do presidente Obama, que coloca os Republicanos, especialmente aqueles do Tea Party, como irresponsáveis que usam a questão da elevação do teto da dívida americana como pretexto para prejudicar o Obamacare, com viés político.

No que depender da grande imprensa, essa será a única visão disponível para o leitor. O que ninguém terá como saber por aqui é que o próprio Obama, quando era oposição, tinha um discurso diametralmente oposto ao atual. Para ele, subir o teto da dívida era prova de falta de liderança política. O presidente era Bush.

O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, pinçou o trecho da fala do então senador Barack Obama, que está disponível no Washington Post em língua original também. Vejam como a cara de pau de um político, especialmente de esquerda, pode ser surpreendente (ou não):

O fato de que estamos aqui hoje para debater o aumento do limite da dívida americana é um sinal de fracasso das nossas lideranças. É um sinal de que o governo dos Estados Unidos não pode pagar suas próprias contas. É um sinal de que agora dependemos da assistência financeira de países estrangeiros para financiar as políticas fiscais irresponsáveis do nosso governo…. O aumento do limite da dívida da América nos enfraquece nacional e internacionalmente. Liderança significa responsabilidade pelas próprias decisões. Em vez disso, Washington está jogando o ônus de suas más escolhas de hoje nas costas dos nossos filhos e netos. A América tem um problema com a dívida e uma falha de liderança. Os americanos não merecem isso. Eu, portanto, sou contra o aumento do limite da dívida.

Em 2011, quando foi confrontado com essa incoerência, Obama admitiu que sua postura em 2006 havia sido política, coisa de um senador novo. A esquerda funciona assim: quando é oposição, apela para todo tipo de sensacionalismo e politicagem; quando chega ao poder, monopoliza as virtudes e se vitimiza diante da oposição política e insensível aos anseios do povo e dos pobres.

Podemos até debater se os Republicanos do Tea Party estão certos ou errados hoje. É um debate legítimo. O que não dá para aturar é esse viés da grande imprensa, que age de um jeito quando a oposição é de esquerda, e de outro, completamente diferente, quando é de direita. Isso é muito cansativo.

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