"Não há, decerto, nada mais covarde e inescrupuloso do que empurrar crianças para a linha de frente do campo de batalha, seja esta física, política, cultural ou religiosa”, escreveu Flavio Gordon. Infelizmente, o uso de crianças como “escudo humano” ou “ponta de lança” vem de longa data.
A infantaria, não custa lembrar, contava com seus soldados, os infantes, desde a antiguidade. Esparta tomava as crianças dos pais para treina-las militarmente. As crianças-soldado pululam nas guerras civis africanas. Terroristas islâmicos exploram crianças como bombas ou escudos. O ditador comunista chinês Mao lançou sua “revolução cultural” com crianças, que denunciavam seus próprios pais como “traidores”. E por aí vai.
Foi no ocidente capitalista que a infância passou a ser mais valorizada. Antes, por sobrevivência, quando não estavam servindo em guerras, trabalhavam duro no campo ou em fábricas. Com o advento do capitalismo, as crianças nem trabalhar mais precisavam, e já podiam se dedicar exclusivamente aos estudos e ao lazer.
Mas esse luxo, especialmente em países ricos capitalistas, produziu um efeito perverso: muitas ficaram mimadas e ingratas. E como crianças são mais fáceis de enganar, alguns adultos pérfidos viram aí uma oportunidade para explora-las em suas causas políticas.
A esquerda quer crianças tocando em homens nu em nome da arte, aprendendo que podem se sentir meninas no corpo de meninos ou vice-versa aos três aninhos, investe em sua sexualização precoce, rejeita valores tradicionais e cristãos, e ainda as utiliza para marchas pelo desarmamento ou bandeiras radicais ambientalistas.
Mas se você ousa critica-las como fantoches dessa esquerda, então os “progressistas” se enchem de falso moralismo. É uma tática sórdida. Como disse Rich Lowry, da National Review, as crianças “são peões poderosos”. As pessoas que dizem: "O mundo deve prestar atenção a essa garota de 16 anos", serão as mesmas que vão dizer a quem ousar contrariar: "Como você se atreve a criticar uma garota de 16 anos?"
É lamentável que, na falta de bons argumentos, a esquerda apele para emoções por meio de marionetes infantis. Essa “infantaria vermelha” é a prova da falência intelectual – e moral – do esquerdismo.
Artigo originalmente publicado pelo ZH
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