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Isolamento despenca e contágio… diminui! Lockdown é a ciência?
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Recordar é viver: quem não defendesse um lockdown radical, um isolamento irrestrito e absoluto, era um sociopata genocida defensor do vírus e da morte. Hashtag Fiquem em Casa, economia fica para depois, só vidas importam. Monopólio dos fins nobres, a marca registrada da patota. E nada de espaço para debates sérios e adultos sobre o assunto.

Fast forward até hoje, e o que temos? A marca de 110 mil mortes por coronavírus sendo explorada para culpar o presidente Bolsonaro. Faz sentido? Os isolacionistas radicais têm muito o que explicar, não só sobre essa contagem, mas sobre o isolamento em si. Na Folha, hoje, duas chamadas se encontram lado a lado. Mas a turma não repara no dilema que isso cria para os isolacionistas?

Então quer dizer que, pela primeira vez desde abril, o contágio do vírus está em desaceleração no país? E quer dizer que isso ocorre justo quando o isolamento... despencou? Como fechar a conta? Como explicar logicamente, se eles repetiam que ficar em casa era fundamental para estancar o contágio?

Não é "só" esse problema que a turma precisa explicar. A OMS, para eles símbolo da tal "ciência, ciência, ciência", já não parece rejeitar tanto assim mega aglomeração, desde que seja em Wuhan, ao menos, onde tudo começou. Ainda não há vacina, certo? Então como explicar essa postura da OMS?

“Não devemos culpar as pessoas por quererem viver suas vidas, todos nós queremos viver nossas vidas, todos queremos voltar ao que era ‘normal’. Acho que só precisamos ter certeza de que a informação que está chegando, principalmente aos jovens e às crianças, é que eles não são invencíveis”, afirmou a epidemiologista Maria van Kerkhove, do Programa de Emergência em Saúde da OMS. Oi?

Agora vamos falar das tais 110 mil mortes, ok? Um estudo muito bem feito ao qual tive acesso, intitulado "ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DOS ÓBITOS NO BRASIL - Entendendo o impacto do COVID-19 nos óbitos registrados em 2020", mostra que pode haver exagero nessa contagem. O estudo usou os dados do DATASUS, Transparência Registro Civil e IBGE para dissecar as causas de óbitos no Brasil. O resultado chama a atenção.

Como o objetivo do presente estudo é analisar o impacto do COVID19 nos óbitos no Brasil, de janeiro a julho de 2020, é importante compreender como se comporta a variação dos registros dos óbitos mês a mês ao longo dos últimos anos analisados, para verificar a compatibilidade do padrão com o apresentado em 2020. Eis o que temos:

O estudo explica: Considerando que as causas tradicionais apresentam ano a ano números estáveis de ocorrência, e a COVID-19 apresenta-se como uma causa nova, espera-se que os 7 primeiros meses de 2020 apresentem números de óbitos superiores aos anos anteriores, correspondentes justamente aos óbitos causados pela causa nova e inédita do COVID-19.

Após outros dados, o estudo acrescenta: Historicamente, as 10 principais causas básicas de morte respondem por 94% dos óbitos. Assim, em 2019, cerca de 724.000 mortes provavelmente ocorreram por essas causas. É de se esperar que em 2020 ocorram ao menos o mesmo número, já que nunca vimos diminuição ao longo dos últimos anos. Desta forma, das 814.658 mortes registradas, ao menos 724.000 deverão ter a causa básica uma das 10 causas tradicionais.

No entanto, conforme divulgado pela Associação Brasileira de Cardiologia, tivemos em 2020 80.000 mortes a mais pela principal causa de morte, as doenças cardiovasculares. Sendo assim, somamos às esperadas 724.000 mortes os 80.000 óbitos extras de causas cardiovasculares, totalizando ao menos 804.000 mortes pelas causas tradicionais em 2020.

Poderia ser o caso de queda acentuada nas mortes violentas, que correspondem pouco mais de 10% do total. Mas não foi esse o caso, como o estudo aponta. Os homicídios, por exemplo, apresentaram aumento de 7% de janeiro a maio de 2020, comparado com os mesmos meses de 2019. O estudo, então, conclui:

De fato, parece cedo para dizer o que de fato aconteceu. Mas não parece nenhum absurdo suspeitar do número atribuído ao coronavírus. Curiosamente, tem muita gente querendo inflar esse número, de forma mórbida, por interesses políticos, o que é insano. Guilherme Fiuza foi direto ao ponto:

Está tudo muito estranho nessa pandemia, desde o começo. A postura da China, da OMS, dos governadores e jornalistas, e do ex-ministro Rolando Lero, que mandava todos ficarem em casa mesmo com sintomas, e agora responsabiliza seu ex-chefe pelas mortes. Com o passar do tempo poderemos compreender melhor o que se passou.

Algo me diz que os isolacionistas radicais não vão apreciar o fato de que a memória da internet é inesgotável. Restará usar instrumentos como os "gigantes dorminhocos" para tentar calar quem ousa buscar a verdade:

Não, Mônica, os "gigantes dorminhocos" não denunciam Fake News, e o simples fato de você acrescentar "bolsonaristas" já expõe o viés do grupo; eles perseguem conteúdo conservador. São radicais de esquerda tentando intimidar anunciantes. Fora da bolha todos sabem, mas entendo sua tentativa de seguir com sua... Fake News!

Nos otros seguiremos buscando a verdade, os fatos, o que todo jornalista deveria fazer!

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