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Joe Rogan é “incancelável”, mas e os reles mortais?
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As músicas de Neil Young estão sendo removidas do serviço de streaming Spotify, depois que o cantor e compositor se opôs a que elas fossem reproduzidas na mesma plataforma que oferece o podcast de Joe Rogan, anunciaram a empresa e o músico nesta quarta-feira, 26.

Nesta semana, Young divulgou uma carta endereçada ao seu empresário e à gravadora Warner Music Group, exigindo que o Spotify não carregasse mais sua música porque ele disse que Rogan espalha informações falsas sobre vacinas contra covid-19.

“O Spotify tornou-se lar de desinformação sobre a covid, ameaçando vidas”, afirmou o cantor em seu site. "Mentiras sendo vendidas por dinheiro", disse o músico, que fechou um contrato multimilionário com a plataforma.

Joe Rogan é o podcaster mais ouvido do mundo, com uma audiência superior a 10 milhões de pessoas. Pode somar o público da CNN e da Fox News que não chega a isso. Esse sucesso todo, com clara independência, incomoda muita gente.

Rogan não pode sequer ser encaixado na direita. Em muitas pautas, seu posicionamento está bem mais à esquerda. Mas uma coisa é inegável: ele tem coragem de peitar a patota do politicamente correto. E ele recebe gente de todo perfil em seu programa.

Uma das entrevistas que têm incomodado é aquela com o doutor Robert Malone, que demonstra receio com a vacinação em crianças com nova tecnologia, que ele inclusive ajudou a desenvolver. Ou seja, um cantor quer calar um especialista!

Esse episódio ilustra bem o grau de arrogância a que chegou o pensamento dominante nessa pandemia. O uso do rótulo "negacionista" para quem ousar ter dúvidas sobre certos dogmas mostra como a verdadeira ciência foi substituída por uma ideologia totalitária.

Esses arrogantes totalitários querem interditar o debate, calar os "hereges" e "dissidentes", impor sua verdade como a única aceitável, científica. Essa postura intransigente denota, no fundo, insegurança, e não convicção serena de quem realmente está do lado da razão.

Não faltou apoio ao esforço de cancelamento de Joe Rogan. Até jornalistas aplaudiram o boicote do músico, e tentaram pressionar a plataforma Spotify. Mas Joe Rogan é "incancelável". Afinal, a Spotify pagou cem milhões de dólares para tê-lo com exclusividade. E pelo visto o investimento é rentável, já que Rogan atrai milhões de ouvintes todo mês.

O problema, claro, é que Rogan só não pode ser cancelado devido ao seu tamanho. Quem não tem o mesmo porte acaba perdendo o emprego se for contra a maré totalitária. Muitos optam pelo silêncio voluntário para não arriscar.

A tática dos canceladores, portanto, funciona com a maioria. Nem todos tem a coragem e a independência de Joe Rogan para desafiar o clubinho dos arrogantes totalitários.

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