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Pausa na guerra. Saiu a sentença de Jussie Smollett. Ele foi condenado à prisão por 150 dias, além de ter sido multado e obrigado a ouvir um baita sermão do juiz sobre seu narcisismo, egocentrismo e desrespeito ao sistema e aos outros.

Recordando: Smollett é um ator negro e gay que participava de uma peça chamada "Empire", voltado para um público que certamente não inclui muitos eleitores de Trump. Não obstante, o ator alegou ter sido agredido por dois apoiadores do então presidente ao sair para comer de madrugada. Eles usariam bonés MAGA e teriam reconhecido o ator...

Detalhe: era madrugada em Chicago, num frio do cão. O ator comia um sanduba do Subway - sim, ele saiu no meio da noite com fome e desejo de comer um sanduíche do Subway. Pior: ele gosta tanto do sanduíche que após ser supostamente agredido, emerge nas câmeras públicas ainda com o sanduba em mãos. É o melhor garoto-propaganda da marca no mundo.

Chegando em casa, liga para a polícia. Ainda está com uma espécie de laço no pescoço, a "prova" do crime. Quando a polícia pede seu telefone para verificar paradeiro e mensagens, o ator se nega a entregar. Nada suspeito, claro. Depois se descobre que os "agressores" eram da Somália e receberam um cheque pessoal de... Smollett em pessoa!

Resumindo: tudo no caso era para lá de estranho desde o começo, para dizer o mínimo, e exalava forte cheiro de "hoax". Não importa: a mídia mainstream mergulhou de cabeça, pois a narrativa era irresistível: um negro gay espancado por apoiadores de Trump? Impossível averiguar a coerência, pois o discurso é lindo demais!

Na sentença, o juiz foi duro justamente para alertar para o perigo desse tipo de mentira. E nem isso foi suficiente para uma reflexão. O imbecil ergueu o punho em sinal do "black power", disse que era inocente, e que não era suicida, talvez enviando um recado velado para Hillary Clinton numa alusão ao caso Jeffrey Epstein. Tudo muito tosco!

Não satisfeita com o escândalo vergonhoso, a família do ator também saiu em sua defesa. Sua irmã e seu irmão deram depoimentos mencionando a luta das minorias contra o "sistema" injusto, e o movimento radical Black Lives Matter também se posicionou a favor do mentiroso, em carta que sua defesa leu no julgamento.

Por que o caso importa? Simples: a narrativa "woke" tem sido responsável pelo esgarçamento do tecido social americano, segregando todos e vendendo a falsa imagem de que os Estados Unidos são um país tomado por racistas agressores de minorias. Se uma farsa absurda dessas fica relativamente impune, isso é um convite para mais e mais esquemas similares.

O mecanismo de incentivos importa, eis o ponto. E atualmente os incentivos são para simular ataques, o que rende dividendos imediatos, como holofotes da imprensa pouco crítica, fama e dinheiro. Se Jussie Somellett não fosse tão idiota e tivesse criado uma farsa mais crível, poderia estar hoje mais rico e famoso, com papéis melhores em Hollywood.

O juiz acerta, portanto, ao usar um caso com tal projeção para passar seu recado: não se brinca impunemente com a Justiça. Sim, alguns negros são agredidos de verdade, como alguns gays, algumas mulheres, e também alguns brancos heterossexuais. É por isso mesmo que cada caso deve ser avaliado por si só, com base em evidências e provas, ou ao menos indícios.

Substituir isso tudo, o devido processo legal e o natural ceticismo, por narrativas ideológicas coletivistas, como quer a esquerda "progressista", é destruir séculos de tradição ocidental. Exatamente o que parece desejar essa turma...

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