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Rodrigo Constantino

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Lula nunca foi “o cara” no exterior

Lula Brics Putin Vladimir Xi Jinping
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: EFE/Andre Borges)

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A reportagem da The Economist sobre Lula continua repercutindo, mas há certo complexo de vira-latas envolvido. Não há motivo para tratar a revista britânica como grande referência em qualquer coisa que seja. Seu apelido jocoso perante conservadores diz tudo: The Communist. Faz tempo que a publicação deixou de ter um viés liberal clássico e passou a defender a agenda "progressista" e globalista com afinco.

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Logo, o que chama a atenção é que até a The Economist já abandonou a imagem fictícia que criaram do Lula no exterior, com ajuda de Obama, que o chamou de "o cara" certa vez - mas o criticou em sua autobiografia. Obama mesmo foi um presidente com viés radical de esquerda, mas era adorado pela revista. O ponto, aqui, é que nunca existiu esse Lula "estadista" que agora é desmascarado ou desinflado. A criação era um mito falso.

Não precisamos de uma revista britânica para 'tocar a real': qualquer um com um pingo de juízo já se deu conta do que está acontecendo. Mas as publicações tucanas globalistas, brasileiras ou internacionais, levam mais tempo para absorver a realidade

O que está pegando, para a turma globalista, é que Lula resolveu defender de vez o eixo do mal. No confronto da Rússia contra a Ucrânia, por exemplo, o presidente não esconde mais sua simpatia por Putin. No conflito do Oriente Médio, Lula demoniza Israel e Estados Unidos para defender o Irã. A China virou a grande referência lulista, e isso incomoda a turma tucana globalista, ponto. Mas esse sempre foi o Lula!

"Presidente deveria parar de fingir que o Brasil é importante em questões de guerra na Europa ou no Oriente Médio, e se concentrar em questões mais próximas de casa", aconselha a revista. Querem que ele cale a boca sobre temas geopolíticos justamente porque ele virou... chinês demais da conta! O Macron fica decepcionado, como a turma democrata americana. Mas Lula sempre foi isso, repito.

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O Lula pragmático é mais uma torcida tucana do que qualquer coisa. O petista sempre se cercou dos piores tiranos, bajulando cada um deles, idolatrando mesmo os mais assassinos, como Fidel Castro. Por isso causa espanto esse trecho que fala de supostas "incoerências" de Lula:

O papel do Brasil no centro de um Brics ampliado e dominado por países autoritários faz parte da política externa cada vez mais incoerente de Lula. Ele não fez nenhum esforço para estreitar laços com os Estados Unidos desde que Trump assumiu o cargo em janeiro. Não há registro de que os dois tenham se encontrado pessoalmente, tornando o Brasil a maior economia cujo líder não apertou a mão do presidente americano. Em vez disso, Lula corteja a China. Ele se reuniu com Xi Jinping, presidente chinês, duas vezes no ano passado.

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Ora, Lula vem transformando o Brasil numa província chinesa, e isso está claro. O pior é que não é mais "só" o Poder Executivo com os barbudinhos do Itamaraty: agora temos o Supremo Tribunal Federal na mesma toada, com o "pragmático" e "fisiológico" Gilmar Mendes confessando que todos ali são admiradores do regime chinês! Ou seja, o consórcio PT-STF mergulhou a fundo no eixo do mal, na defesa de tiranias, tudo isso para censurar o povo brasileiro e concentrar mais poder arbitrário, do qual vem abusando diariamente.

Não precisamos de uma revista britânica para "tocar a real": qualquer um com um pingo de juízo já se deu conta do que está acontecendo. Mas as publicações tucanas globalistas, brasileiras ou internacionais, levam mais tempo para absorver a realidade. Afinal, precisam digerir o Lula falso que ajudaram a inventar, aquele pragmático democrata que jamais existiu...

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