Brasília – O ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, indicado para cargo de ministro do STF, passa por sabatina na CCJ no Senado Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O deputado Daniel Silveira mudou o tom, pediu desculpas a quem do povo brasileiro se sentiu ofendido com suas palavras, admitindo que se excedeu, que agiu com a paixão ao tentar defender o general Villas Boas. Mas fez um apelo aos colegas em defesa da própria Câmara, da imunidade material garantida por leis aos parlamentares.

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Não adiantou muito. Deputados comunistas partiram para o ataque, falando em golpe à democracia, na importância da defesa do Estado de Direito, e aproveitando para mencionar Marielle. Ouvir comunistas bancando os democratas indignados com o deputado bolsonarista é realmente de lascar! E os "moderados", os "liberais" são responsáveis por isso, pois, para atacar o bolsonarismo, preferem cerrar fileira com gente desse tipo.

Não vamos esquecer que todos os regimes ditatoriais totalitários comunistas usam o nome popular e/ou democrático em seu nome oficial. Nenhum tirano impôs uma tirania sem o manto da liberdade. Ver o espetáculo macabro de uma esquerda radical defensora do regime cubano votando pela prisão ilegal de um colega por vingança ou cálculo político míope, de curto prazo, é mesmo desanimador.

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Essa conversa ficcional poderia ter sido ouvida num manicômio:

- É um absurdo um deputado falar em ditadura, onde já se viu?! Ele precisa ser imediatamente preso, ter sua conta banida na rede social, seu telefone apreendido.

- Mas isso não seria um ato ditatorial seu?

- Esteja preso você também, seu golpista!

É rir para não chorar. A fala do deputado Marcel van Hattem na sessão desta sexta foi perfeita. Daqui a vinte anos vamos julgar o que aconteceu neste dia na Câmara. "Desta vez o AI-5 vem do Judiciário, do Supremo Tribunal Federal, que à margem da lei faz uma prisão ilegal, inconstitucional”, disse o deputado. E defendeu que o voto contra a prisão se trata de uma defesa do Estado de Direito, de os deputados não se mostrarem vassalos do STF.

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O STF, porém, não quer saber de nada disso. “Acho que a sociedade não está preparada para receber uma carta de alforria em favor desse paciente", disse o presidente Fux, em tom de ameaça aos parlamentares. O que a sociedade não tolera são as solturas de Lula, Dirceu e André do RAP, autorizadas pelo Supremo.

"Não se pode viver num país em que pessoas usufruam da liberdade de expressão para atacar as instituições, a democracia, os valores morais da nossa Constituição", disse Fux. Ora, então não se pode viver num país dominado pelo esquerdismo! Ou por esse STF, o primeiro a rasgar a Constituição.

O problema é que, pelo visto, o poder não emana do povo e o Estado de Direito já não existe em nosso país. No Brasil, manda quem pode, e obedece que tem juízo – ou não tem alternativa.

Originalmente publicado pelo ND+