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Começou assim: a "direita limpinha", que se diz racional, apoiou Bolsonaro por falta de opção e oportunismo. Surfou na onda bolsonarista para se eleger, e pouco depois traiu o presidente, alegando que ele traiu a agenda liberal.

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Diziam, nos bastidores, que Paulo Guedes seria logo rifado pelos "integralistas" que formariam o núcleo duro do bolsonarismo. Mas Guedes segue firme e forte, e passou a ser alvo desses "liberais", que agora andam de mãos dadas aos tucanos e democratas, que por sua vez deram as mãos ao PT!

Mas quem quer que reconhecesse qualquer virtude no governo Bolsonaro era logo tachado de gado ou vendido. Para preservar a imagem de "liberal puro", só se virasse um antibolsonarista histérico e demagogo, passando pano para os abusos de Doria, os arbítrios do STF, os boicotes de Maia, tudo que servisse aos interesses de atacar Bolsonaro.

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Como Trump tinha bons resultados para mostrar, a tática foi dissociar o presidente americano do brasileiro, apesar da admiração mútua entre ambos. Esses "liberais" e mesmo alguns "conservadores" alegavam que não era possível comparar um ao outro, pois Bolsonaro seria muito pior. Isso até Trump perder, numa eleição para lá de suspeita, e virar alvo de novo impeachment, com base novamente em fumaça, como da primeira vez, com o pretexto da Ucrânia.

Trump não incitou violência, não pregou a invasão do Capitólio, não há qualquer evidência ou prova disso. Ao contrário, ele disse para todos irem para casa em paz, rechaçou os atos violentos e criminosos, condenou a quebra da lei e da ordem, mantra dos conservadores. Não importa: a Câmara democrata aprovou novo impeachment para humilhar o presidente e desgastar o que o trumpismo representa na política.

Os democratas chegaram para a pacificação, para a união, dizem. Como? Partindo para mais um impeachment fajuto na Câmara, para jogar lenha na fogueira e apostar na divisão, enfraquecendo o Partido Republicano. Esquerda sendo esquerda. Pacificação significa total submissão a eles, ou sua destruição e humilhação. São canalhas!

Don Lemon, da CNN, disse o que muitos "progressistas" pensam: "Se você votou em Trump, você votou na pessoa que o 'clã' apoia", ou seja, você também é culpado pelo Capitólio. Eis a tática da esquerda radical: culpar todo conservador e republicano pelo que aquela minoria raivosa, condenada por quase todos os conservadores (inclusive Trump), fez.

Leandro Ruschel foi direto ao ponto: "O establishment precisa enterrar Trump. Ninguém ofereceu maior ameaça ao "pântano" de Washington nas últimas décadas. Pântano formado por burocratas inescrupulosos dos dois partidos, é bom lembrar".

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Adrilles foi na mesma linha: "Impichar Trump para esmagá-lo sem nenhuma evidência de crime ou sequer incitação a crime é típico de uma ditadura travestida de democracia, onde a leitura de supostas intenções substitui a lei racional . Os EUA se aproximam perigosamente de uma ditadura asséptica progressista".

Mas se serve para desgastar Bolsonaro no Brasil, então nossos "liberais" adotam a mesma narrativa felizes da vida. Sequer foram capazes de condenar a censura nas redes sociais, preferindo pregar o mesmo "remédio" ao bolsonarismo no Brasil. São oportunistas autoritários da pior espécie, e estão assanhados. Eis alguns exemplos:

Joice Hasselmann escreveu: "O líder dos Republicanos cogita votar a favor do impeachment de Trump. É pouco. O partido precisa mostrar que não aceita o ataque à Constituição - o único caminho é a expulsão de Trump. Trump não é e nunca foi um republicano. O partido de Trump é ele mesmo."

Arthur do Val, o "mamãe falhei", foi na mesma linha, alegando que o impeachment foi "merecido", que Trump vai atrapalhar a direita no mundo todo (qual direita, cara-pálida, aquela que flerta com tucanos?!). E só sei disso porque me mandaram, já que estou bloqueado em sua página:

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Uma tal de Juliana (July Santos), influente na patota dos "isentões" e bajuladora da Vera Magalhães, fez logo o elo de forma direta, sem rodeios: "É melhor o país paralisado mais 6 meses num processo de impeachment do que deixar Jair Bolsonaro até o final do mandato, esse imbecil tem um poder de destruição maior do que o PT. Estão esperando o quê?"

Voltamos ao tema da direita permitida, que tratei em coluna da IstoÉ em 2016: trata-se daquela que só é direita no nome, e em todo resto se parece tanto com a esquerda que são indistinguíveis na prática. À época, escrevi:

Já repararam como a imprensa em geral trata Trump como a maior ameaça à democracia, o mais autoritário dos indivíduos, ao mesmo tempo em que chama o ditador Fidel Castro, o carniceiro do Caribe, de presidente? E são esses os “moderados”, os “imparciais”. Imaginem só se eles tivessem um viés de esquerda!

A estratégia é conhecida: jogar o centro cada vez mais para a esquerda. Ou seja, até mesmo os tucanos, adeptos da socialdemocracia, são vistos como “neoliberais”, e qualquer um que defender a importância de valores morais será imediatamente rotulado de “ultraconservador”. A palavra que esses anjinhos “neutros” mais usam para definir seus adversários é “radicais”.

Bastou defender o livre mercado na economia ou os valores tradicionais da civilização ocidental, e vira logo um “radical”. Isso vindo dos “moderados” que até ontem elogiavam o PT ou Chávez, e hoje flertam com Rede e PSOL.

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Nossos "liberais" e “conservadores” estão aplaudindo o impeachment fajuto de Trump só para atingir Bolsonaro no Brasil. Fazem isso ao lado de PT e PSOL, bajulando tucanos, detonando Paulo Guedes. Mas o vendido é aquele que não acha Bolsonaro pior do que o PT! O gado é aquele que pensa por conta própria e não aceita o que vem da OMS, da mídia esquerdista e de governadores tucanos de olho em 2022!

O que mais vimos nessa pandemia foram máscaras caindo da cara dos hipócritas. Seria até cômico, não fosse tão trágico.