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Perguntas inconvenientes
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A curiosidade é fundamental na vida, e na profissão de jornalista, então, nem se fala. Fazer perguntas em busca de esclarecimentos é crucial em nossa carreira. Infelizmente, cada vez mais jornalista prefere agir como militante e escolhe deixar alguns assuntos de lado, para não incomodar a patrulha, para não "ofender" grupos organizados.

Como não dou a mínima para essa patota e já fui "cancelado" mesmo, estou aqui para fazer essas perguntas inconvenientes, que muitos dos meus pares adorariam evitar. Vamos começar com o BBB, que tem sido um espelho para os lacradores, que não têm gostado muito do reflexo que enxergam ali.

Toda cagada na branquitude, disse a moça? Pode isso, Arnaldo?! Lembrando que foi a mesma que disse, outro dia, que a colega era sem melanina, desbotada e com olho de boneca assassina. Ah, esqueci que não existe "racismo reverso" e que há um salvo-conduto para o "ódio do bem" por parte das "minorias" (esquerda). Pergunta: e se fosse o contrário? E se alguém falassem em "cagada na negritude", qual seria a reação?

Vamos agora para a ciência. Eis um estudo publicado na revista Nature, de 2017. A cloroquina foi considerada um remédio seguro até para mulher grávida com zika. A TV Globo também fez reportagem com base no estudo, recomendando seu uso sem contra indicação. Mas tudo mudou com Bolsonaro e Trump. Agora o remédio, conhecido há décadas pelos médicos, é perigoso. Por que essa mudança?

Por falar em pandemia, entrevistei o secretário de Saúde de São Paulo no Jornal da Manhã esta terça, e perguntei por que se fala em variante brasileira ou de Manaus, mas não se fala em vírus chinês. Expressei minha perplexidade. Achei que ele engasgou um pouco e depois falou em vacinação, outro tema. Pena. Continuo sem entender a razão. Alguém poderia me explicar?

Ontem foi feriado aqui nos Estados Unidos, Dia do Presidente. Joe Biden fez um discurso. Parece não ter agradado muito. Ele é o presidente mais popular da história americana, a julgar pela quantidade de votos recebidos (por correio). Mas precisa bloquear a área de comentários nas redes sociais, como fazem alguns jornalistas brasileiros, e leva surra na hora de avaliar quem curtiu ou não o pronunciamento. Como pode ser tão popular e tão impopular ao mesmo tempo?

Ah, se meus pares jornalistas demonstrassem mais curiosidade sobre certos assuntos... talvez a credibilidade da imprensa não estivesse tão baixa, não é mesmo? Talvez as narrativas ideológicas não teriam tanto peso na mídia, em oposição ao trabalho sério de buscar as verdades incômodas. Mas desde quando a esquerda quer a verdade, sua maior inimiga?

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