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O terrorista italiano Cesare Battisti encontrou no governo do PT aliados importantes, a ponto de protege-lo da extradição para a Itália para cumprir pena por seus crimes, incluindo assassinato. O governo Lula lhe deu guarida por enxergar nele um "companheiro", e para o PT existe o "crime do bem": se as mortes ocorreram em nome da causa comunista, então o assassino é um herói revolucionário, não um assassino.

Mas, com o passar do tempo, Battisti se decepcionou com seus velhos "irmãos", e em carta para a Folha de SP, denunciou o cinismo e a ambição pelo poder de Lula. Ponto! Foi o suficiente para que o PT abandonasse a visão romântica e distorcida de um herói da liberdade injustiçado e passasse a enxerga-lo como, de fato, um terrorista culpado por seus crimes.

O ex-ministro Tarso Genro (PT), que comandou a pasta da Justiça no governo Lula (PT), afirmou que Cesare Battisti muda suas declarações a respeito dos crimes pelos quais foi condenado e que "é difícil saber qual é a realidade".

Genro disse que, no momento em que o governo petista deu abrigo a Battisti, "acreditava que o processo não tinha provas suficientes para determinar a extradição". Battisti, que teve seu refúgio no Brasil concedido por Genro em 2009 e confirmado por Lula no ano seguinte, é ex-integrante de um grupo terrorista de esquerda e foi condenado por quatro homicídios ocorridos nos anos de chumbo da Itália, entre o final dos anos 1960 e o início dos 1980.

Battisti confessou seus crimes, o que colocou o PT numa sinuca de bico. "Fui recebido não porque fosse declarado inocente, mas exatamente para deixar ser exibido como troféu de guerrilheiro às forças de esquerda do Brasil. Para eles, não interessava um inocente perseguido, mas o combatente da liberdade. Lula e seu partido me apoiaram por isso. De toda forma, não se dá refúgio apenas aos inocentes", disse Battisti ao alegar que Lula e Genro mentem ao dizerem que "não sabiam de nada".

O problema, como fica claro, não é Battisti ser culpado ou inocente, mas sim ele atacar Lula. O PT só muda de postura diante de alguém com base nesse critério tribal. Tanto que até Geraldo Alckmin, antigo adversário de Lula que afirmou que o ladrão pretendia voltar à cena do crime, agora é tratado com respeito e como um importante aliado.

O PT não possui princípios, valores morais, decência. Seu único critério é se a pessoa em questão ajuda ou atrapalha os planos ambiciosos de Lula e seus comparsas. É um pensamento tribal típico de seita fanática.

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