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O brasileiro tem todo direito de curtir o feriado de hoje, mas não de celebrar a República em si. Nem vou entrar no mérito do golpe que marcou o nascimento de nossa "república", mas simplesmente constatar o óbvio: todo republicano observa com muita vergonha e apreensão a "democracia relativa" instaurada em nosso país hoje.

Os problemas com a "coisa pública" não vêm de agora, claro. Resgato um texto meu antigo para mostrar como ele é atual, aliás. O Brasil é o país do jeitinho, do patrimonialismo, do clientelismo, do socialismo, do terrorismo. Só não tem mesmo nada que remeta ao conceito de igualdade perante as leis e império das leis, pilares básicos de qualquer república.

O Brasil foi tomado por uma quadrilha que defende até o terrorismo do Hamas, concentrando seus ataques ao país democrático na região, Israel, que tem todo direito de se defender. O Brasil tem proteção a bandidos e pune como se bandidos fossem patriotas que não cometeram quaisquer crimes. O Brasil é o país do arbítrio, do abuso de poder, da corrupção.

Temos jornalistas censurados, com contas bancárias congeladas e até passaporte cancelado, sem qualquer crime cometido. Não há qualquer resquício de Estado de Direito. A direita é perseguida, a esquerda é protegida. A velha imprensa virou um instrumento do poder, com desinformação escancarada. O Brasil é uma bagunça, uma zona, uma baixaria.

Tenho dito faz algum tempo que o maior inimigo do Brasil nem é essa esquerda radical, que destrói tudo, pois ao menos esse adversário todos atentos reconhecem a milhas e milhas de distância. O maior inimigo é o "moderado" dissimulado, que enche a boca para falar em Estado de Direito, que faz pose de estadista para simular uma normalidade institucional num país abandonado às traças - algumas togadas.

Charles de Gaulle estava certo: o Brasil não é um país sério. Tudo bem que a França não esteja hoje em condições de dar muita lição de moral, com Macron no poder e as máfias sindicais espalhadas pelo país. Mas sejamos sinceros: o Brasil é um experimento social e político fracassado.

É triste isso, pois há muita gente boa, muito brasileiro do bem, decente, honesto, trabalhador. Talvez a maioria! Mas essa maioria tem sido impotente diante dos malandros, dos golpistas, dos marginais, dos comunistas. Não quero soar derrotista e não creio em fatalismo, mas meu compromisso é e sempre foi com a verdade. E por mais dura que ela seja, ela precisa ser dita, para termos alguma chance de mudá-la. O Brasil é uma vergonha! E vamos festejar aniversário de república? Que república, cara pálida?!

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