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Leitura recomendada para esta semana: Um lugar chamado Liberdade, de Ken Follett. Eis a sinopse oficial:

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Escócia, 1766. Condenado à miséria e à escravidão nas brutais minas de carvão, Mack McAsh inveja os homens livres, mas nunca teve esperança de ser como eles. Até que um dia ele recebe a carta de um advogado londrino que lhe revela a ilegalidade da escravidão dos mineiros e um novo horizonte se abre aos seus olhos.

Porém, para realizar seu sonho, Mack precisará enfrentar todo tipo de opressão das autoridades que não estão acostumadas a serem questionadas. Já na idealizada Londres, ele reencontra uma amiga de infância, Lizzie Hallim, agora casada com Jay Jamisson, membro da família que tanto o atormentara na Escócia. Lizzie não se conforma em viver submetida aos caprichos dos homens e constantemente escandaliza a sociedade com seu comportamento e suas ideias não convencionais.

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Quando Mack é acusado injustamente de um crime, ela quebra protocolos e sai em sua defesa, mas o amigo é deportado para a América. Mack logo descobre que se trata de uma mera mudança de continente, não de ares sociais, pois a colônia também vive momentos de tensão: se na Inglaterra os trabalhadores não desejam mais ser explorados pela elite, ali os colonos preparam o caminho que os levará à independência do jugo inglês. Nesta saga repleta de suspense e paixão, Ken Follett delineia uma época de revoltas contra a injustiça com uma escrita enérgica e sedutora.

Apesar de os conservadores serem pintados de forma bastante caricata pelo autor, que não esconde sua visão política apontada mais para a esquerda, o livro é excelente, e nos remete a uma época em que os liberais tinham uma inclinação mais radical. A figura de John Wilkes, um radical que chegou ao parlamento britânico, permeia a narrativa, assim como a revolta dos colonos liderados por um ainda desconhecido George Washington.

Não obstante, o livro é excelente. Afinal, a literatura é o que além de uma ótima história bem contada? E isso Ken Follett sabe fazer muito bem. Uma narrativa que prende, um caso improvável de amor, muitas desgraças e tragédias, mas nada suficiente para apagar a vontade indômita em Mack de buscar sua própria liberdade, de ser livre dos grilhões que o prendem, seja na mina de carvão, seja em Londres como carregador de carvão, seja como condenado forçado ao trabalho escravo na Virgínia. O desejo de liberdade é mais forte do que tudo em Mack!

Rodrigo Constantino

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