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Um romance histórico, policial e intrigante
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Alberto Mussa ficou no terceiro lugar do Prêmio Oceanos. Um prestígio justo, que o editor, Carlos Andreazza, comemorou em sua página no Facebook. Li o livro em questão e apreciei bastante. Na época, escrevi essa breve resenha introdutória:

Leitura recomendada: A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa. É o resultado de uma intrigante mistura de romance policial e histórico, com uma narrativa extremamente original. O autor foi buscar no primeiro assassinato que se tem notícia ocorrido no antigo Rio de Janeiro, de um simples serreiro, em 1567, a base factual para desenvolver uma história repleta de aventura, mistério e mitologia.

As personagens existiram de fato, e criam uma rede de suspeitos no melhor estilo Agatha Christie. Um a um, eles vão sendo descritos pelo narrador, que assume a posição de investigador quatro séculos após o crime, e nos leva junto nessa empreitada. Francisco da Costa, o morto, não merece mais que uma nota de rodapé nos livros de história, mas aqui, graças aos encantos da literatura, torna-se figura central em uma trama que supera a própria realidade.

Oito flechadas e um defunto: qual seria o motivo do crime? Quem teria interesse nisso? Seria um crime passional, já que sua esposa, Jerônima Rodrigues, despertava o desejo de tantos homens naquela pequena cidade? Afinal, “Numa cidade onde há mais homens que mulheres, não pode haver virtude”, afirma o autor em frase que, reconhece, deveria ser a última do livro.

Ao longo da leitura, vamos mergulhando no mistério e na vida daquelas personagens, conhecendo mitos indígenas, as crenças rudimentares da época, o fascínio dos índios pelas onças, as delicadas relações entre as diferentes tribos e os aventureiros lusitanos que aqui se instalaram.

O livro cumpre muito bem a principal função da literatura: contar uma boa história, de forma original, que nos transporta para um mundo à parte, já que a realidade não basta. A base histórica o torna ainda mais interessante, mas o enredo escapa aos limites da realidade, até porque estamos lidando com um assassinato ocorrido há mais de quatro séculos.

Jerônimo Teixeira, em resenha do livro para a revista Veja dessa semana, conclui de forma interessante, e faço minhas as suas palavras:

Mussa

Rodrigo Constantino

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