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BRASÍLIA,DF,28.09.2017:SENADO-AFASTAMENTO-AÉCIO – O senador José Serra durante sessão plenária do Senado, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (28), que discute a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). (Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress)
BRASÍLIA,DF,28.09.2017:SENADO-AFASTAMENTO-AÉCIO – O senador José Serra durante sessão plenária do Senado, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (28), que discute a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). (Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress)| Foto: Folhapress

José Serra (PSDB) é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta sexta-feira (3) após ser denunciado pela força-tarefa Lava Jato em São Paulo por lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Serra usou o cargo como governador do estado em 2006 e 2007 para receber pagamentos indevidos da Odebrecht envolvendo obras do Rodoanel Sul.

Segundo a denúncia, José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra, filha do ex-governador, constituíram empresas no exterior para receber os valores. Em 2014, ocorreu a transferência dos valores para uma conta na Suíça. Cerca de R$ 40 milhões foram bloqueados pela Justiça.

A denúncia do MPF parece bem robusta, fruto de uma minuciosa análise de movimentações suspeitas na Suíça. "José Serra e Verônica Allende Serra, entre 2006 e, ao menos, 2014, ocultaram e dissimularam, por meio de numerosas operações bancárias, a natureza, a origem, a localização e a propriedade de valores sabidamente provenientes de crimes, notadamente de corrupção passiva e ativa, de fraudes à licitação e de cartel, praticando, assim, atos de lavagem de capitais tipificados", afirma trecho da denúncia.

O documento ainda afirma que, durante o período em que foi prefeito da capital paulista e governador do estado (2005-2010), Serra manteve uma "relação espúria" com a Odebrecht, "dela solicitando, e dela vindo a efetivamente receber, direta e indiretamente, em razão das funções por ele ocupadas, substanciais recursos indevidos".

Foram encontradas, segundo a denúncia, numerosas transferências para dissimular a origem dos valores. O dinheiro permaneceu em uma conta de offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica Serra até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça.

A Lava Jato não tinha "acabado"? A força-tarefa não estava adormecida? Pelo visto não. Agora resta aguardar Sergio Moro celebrar mais essa importante operação Revoada, que fez os tucanos baterem asas no afã de alçar voo feito uma águia, rumo ao anonimato... ou a Suíça!

Por falar em Moro... Fui ler o trecho grátis da sua nova coluna. Mas não dá! Ele mistura as manifestações de 2013, dos black blocs, com as de 2015, e faz autoelogio ao primeiro ano de governo, MAS alerta depois que, com sua saída, não há mais o DESEJO de seguir reduzindo criminalidade. É too much!

Mas só lembrei de Moro pois ele anda muito tucano no jeito de ser. Voltando ao caso Serra, já que o MPF voltou a lupa na direção dos tucanos, fica uma dica: aproveitem para investigar eventuais transferências de gente do PSDB para certo movimento de moleques que se dizem liberais. Acho que podem encontrar coisa aí...

Por fim, uma dúvida: aqueles que condenam, com alguma razão, a aproximação do governo ao "centrão", querem colocar o que no lugar? O PSDB? E aí seria pragmatismo republicano? Com o partido de Serra, Aécio? Sei...

A política nacional, infelizmente, segue dominada por corruptos. Muitos foram eleitos, ou reeleitos. E para governar, é preciso engolir sapos. Até a urna filtrar melhor, ou a Lava Jato eliminar um a um os restantes.

Aliás, Serra é quase octogenário, e seus crimes teriam sido cometidos há mais de década. Será que um dia chegam ao bigodudo do MDB? Sonhar não custa...

PS: Resta torcer para o caso não ficar a cargo de Gilmar Mendes, já que o senador tucano tem foro privilegiado. O STF todo já é uma mãezona nesse aspecto, mas se depender de Mendes, o tucano será condenado no dia de São Nunca!

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