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Participei este fim de semana do CPAC Brasil 2022, em Campinas. O evento estava muito bem organizado, lotado e com excelentes palestras. Abaixo, um breve resumo da minha fala, em que defendi a tese de que os pseudo-liberais, hoje, representam uma ameaça maior do que a esquerda.

Esses "isentões", afinal, dão legitimidade ao abuso de poder que temos visto em nosso país. Ao colocar o ódio a Bolsonaro ou a ambição pelo poder acima das preocupações com nossas instituições, esses falsos liberais produzem uma sensação de que a tirania togada é algo normal e aceitável, e isso esgarça o tecido social e enfraquece nossas instituições republicanas.

Quando um cracudo aparece em nossa casa com nosso filho, todos os sinais de alerta disparam e podemos, ao menos, tentar reagir com mais vigor. Mas quando é um limpinho arrumadinho, tendemos a relaxar, confiar. E o limpinho pode ser muito bem um traficante disfarçado, um mau elemento que pretende corromper nosso filho.

Não é por outro motivo que Lula escolheu Alckmin para vice na chapa: o tucano é o falso carola a ajudar o bandido a entrar em nossas casas, voltar à cena do crime para roubar mais, como o próprio Alckmin, antes, atestava. Pois bem: a tal "terceira via", o auto-intitulado "centro democrático" não passa de um ajuntamento de tucanos como o próprio Alckmin.

Aceitar a normalização da candidatura do Lula é participar de um jogo sujo, e é exatamente isso que essa turma tem feito. Criaram uma narrativa de combater os dois extremos ou polos da polarização, como se houvesse equilvalência entre Lula e Bolsonaro. E pior! No fundo eles pintam Bolsonaro como a verdadeira ameaça à democracia, às liberdades.

Onde estavam esses tucanos durante a ditadura sanitária? Ah sim! Estavam exercendo a tirania em nome da ciência, ao lado de petistas, todos contra Bolsonaro, um dos únicos a defender as liberdades. Eduardo Leite, o queridinho do mercado, estava fechando gôndolas de supermercado e escolhendo os produtos "essenciais" para o povo, de acordo com seus critérios pessoais e subjetivos.

Onde estavam esses tucanos para contestar o escancarado ativismo judicial? Estavam aplaudindo, elogiando os ministros supremos, passando pano para todo o arbítrio só porque o alvo é o bolsonarismo.

Além disso, esses tucanos podem até fazer algumas concessões ao liberalismo econômico, pregar algumas privatizações (sem muita convicção), mas no essencial eles são esquerdistas da mesma forma que seus primos radicais. Os valores morais desses "progressistas" partem de uma visão de mundo revolucionária, são globalistas, abortistas, adotam a ideologia de gênero.

Estamos diante dos 50 tons de vermelho, ou de rosa, se preferir. É a velha estratégia das tesouras, um simulacro de oposição que mascara a briga interna dentro da esquerda pelo poder. Mas os socialistas Fabianos não são muito diferentes dos seus parentes mais avermelhados. Divergem mais no estilo do que nos fundamentos, adotam uma forma mais polida, mas o conteúdo é semelhante.

E para combater os "cracudos" do Foro de SP, a turma comunista, precisamos da figura do "herói trágico", aquele que tem coragem de enfrentar a corja pois só não faz parte do bando por um acidente do destino. Imaginar que os "limpinhos" sejam capazes de oferecer resistência aos golpistas é uma piada!

Outra marca característica dessa "terceira via" é o ressentimento, a inveja que sentem do atual presidente. Afinal, essa turma tem a mídia quase toda a seu favor, os empresários, banqueiros, mas só não tem o povo! Por isso que cada motociata de Bolsonaro desperta revolta. O máximo que eles conseguiriam é lançar uma "patinetada" no Leblon, com meia dúzia de almofadinhas.

Eis o ponto central aqui: criar equivalência moral entre o PT e Bolsonaro é algo absurdo, inaceitável. Estamos falando de uma quadrilha totalitária e de um presidente que tem respeitado as regras do jogo, atuando dentro das quatro linhas da Constituição. Estamos falando do partido que liderou o maior esquema de corrupção da nossa história, contra um presidente sem escândalos. Um lado mira no exemplo da Venezuela, o outro prega a liberdade.

Isso sem falar do quadro técnico. Ou alguém quer mesmo comparar Paulo Guedes com Guido Mantega? São vários ministros competentes no atual governo, enquanto na era petista havia uma divisão somente política com base nos feudos partidários. Estão com saudades do Dirceu?

Os dados econômicos poderiam estar melhores hoje, sem dúvida. Mas aqui os "liberais" também são responsáveis. Houve muito boicote (Rodrigo Maia que o diga), sabotadores que tentaram impedir reformas. E mesmo assim, avançamos. Apesar deles. Apesar da pandemia e do lockdown que esses "liberais" pregaram.

A economia estaria muito melhor em condições normais. Mas os sonsos e cínicos que criaram muitos dos problemas fingem não ter nada com isso, e ainda ignoram a existência da pandemia, o cenário no resto do mundo.

Diante de todos os argumentos, eles fogem do debate e apelam para rótulos: terraplanista, fascista, bolsonarista! Tudo bem. Se querem reduzir tudo a isso, não tem problema. A direita só tem Bolsonaro mesmo, nesse momento. Ele é o único obstáculo entre o Foro de SP e a liberdade do povo. Vejam os casos do Chile, Peru e Argentina. Hoje, portanto, somos todos bolsonaristas.

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