A Aena Brasil, concessionária do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, revelou detalhes do projeto de reestruturação que visa modernizar e expandir as instalações até 2028 a um investimento de R$ 2 bilhões. Com a expansão, o aeroporto de Congonhas pretende elevar capacidade de atendimento dos atuais 22 milhões para cerca de 29 milhões de passageiros por ano até o término da concessão e ter estrutura para operar voos internacionais.
Conforme estipulado em contrato, a Aena Brasil investirá na infraestrutura do aeroporto para atender às normas internacionais, incluindo a expansão das pistas de taxiamento e a construção de um novo terminal. Está prevista ainda a construção de um centro comercial de 20 mil m² com lojas, cafés, restaurantes e uma sala VIP, localizada próximo ao novo terminal de embarque, cuja entrega é estimada até junho de 2028.
A cerimônia de apresentação do projeto, nesta segunda-feira (25), contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira, além de executivos das principais empresas do setor.
Voos para a América do Sul pelo aeroporto de Congonhas dependem de negociação com órgãos de fiscalização
Estão previstos portões reversíveis que permitirão ao aeroporto de Congonhas operar voos internacionais. O plano é oferecer voos curtos para países da América do Sul. Ainda será necessário, porém, negociar com instituições como a Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa.
O terminal atual passará a funcionar somente para desembarque de passageiros e haverá um novo sistema de bagagens com ampliação dos atuais três carrosséis para dez. Além disso, passará de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem.
Já o novo terminal será dedicado exclusivamente ao embarque e terá um novo saguão de check-in com 72 posições, podendo chegar a 108. O número de pontes de embarque será ampliado de 12 para 19, de maneira que será possível receber aeronaves maiores e com maior capacidade de operação simultânea.
O objetivo é passar de 30 para 37 posições para aeronaves em um novo pátio de aviões que terá área total de 215 mil m². Somados, o novo terminal de embarque e o terminal de desembarque terão 105 mil m². "Quando um Max [modelo de avião Boeing 737] tentar entrar nos fingers [pontes], ele só consegue no 1, no 2 ou no 12. A ideia é que, com a ampliação das posições, todas estejam habilitadas a receber qualquer tipo de aeronave", diz Kleber Meira, diretor-executivo do aeroporto de Congonhas.
Um dos pontos destacados pelos executivos da Aena Brasil é a capacidade de receber aeronaves como o Airbus A321neo, com capacidade para quase 250 passageiros, para atender às demandas crescentes do mercado. Está prevista também a criação de um bolsão para carros de transporte por aplicativo, conectado a uma fila virtual para embarque dos passageiros, visando melhorar a fluidez do tráfego e reduzir os congestionamentos que são pontos críticos do aeroporto de Congonhas.
A extensão da área de meio-fio para embarque e desembarque dos passageiros e o acesso direto à futura estação de metrô da linha 17-ouro integram as iniciativas planejadas para aprimorar a conectividade e facilitar o deslocamento dos viajantes.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas