O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o furto do arsenal com 21 metralhadoras do quartel do Exército na cidade de Barueri, região metropolitana, na última terça-feira (10), pode ter "consequências catastróficas" se as armas foram desviadas pelo crime organizado.
"Nós, da segurança de São Paulo, não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população", escreveu Derrite em suas redes sociais, no sábado (14).
No mesmo dia, ele determinou que as polícias Civil e Militar iniciassem operações na tentativa de localizar o arsenal. Inicialmente, a Secretaria de Segurança Pública divulgou que 13 metralhadoras foram furtadas mas depois da contagem foi confirmado o desaparecimento de 21 armas.
De acordo com informações do Comando Militar do Sudeste (CMSE), que é responsável pelo arsenal da região de Barueri, foram desviadas 13 metralhadoras calibre .50 e outras 8 metralhadoras calibre 7,62.
Segundo especialistas em armamento militar ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo, a metralhadora .50 pode disparar até 600 tiros por minuto e atingir um alvo a três quilômetros de distância. A arma pesa cerca de 50 quilos. A metralhadora pode ser utilizada para derrubar aeronaves com baixa altitude, veículos e barcos com blindagem leve.
Recentemente, o crime organizado utilizou um arsenal como esse para praticar roubos a bancos e carro forte em cidades pequenas do interior do estado, onde a polícia tem um tempo de resposta mais demorado que em grandes centros. Os crimes ficaram conhecidos como “novo cangaço”.
Até o momento, o Exército não registrou Boletim de Ocorrência (BO) sobre o furto. Foi decidido pelos comandantes que a investigação será conduzida pelo próprio Exército, que mantém toda a tropa aquartelada. Aproximadamente 480 militares estão sendo interrogados sobre o desaparecimento das armas de alto calibre. Nenhum deles pode deixar o local e também tiveram seus celulares recolhidos.
De acordo com o Exército, as armas que foram furtadas não estavam funcionando e passariam por manutenção. Os comandantes trabalham com duas hipóteses: falha no sistema de segurança ou o envolvendo de militares no furto.
Em nota, o Exército afirma que instaurou um Inquérito Policial Militar para investigar o caso. "Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar. Toda tropa está aquartelada de prontidão (cerca de 480 militares), conforme previsões legais, para poder contribuir para as ações necessárias no curso da investigação. Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação”, diz o comunicado oficial.
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