
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que é pré-candidato a reeleição, atacou seu principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em entrevista para à rádio Eldorado. "O eleitor [de São Paulo] quer saber como é que está a cidade dele, se vai ter prefeito que é amigo da turma do Hamas, se vai ter prefeito que é adepto de invasão, de não atender a legislação", afirmou Nunes.
O grupo terrorista Hamas é responsável pelos recentes ataques a Israel vitimando centenas de pessoas. Boulos que tem liderado as pesquisas para a prefeitura de São Paulo, é criticado desde o começo da guerra no Oriente Médio, após seguidores do psolista resgatarem uma foto dele em 2018 com outros dois membros do Partido Socialismo e Liberdade na Cisjordânia, junto de uma pedra onde se lê, em inglês, "PSOL com a Palestina". Desde então o parlamentar vem sendo alvo de críticas por não classificar o Hamas como grupo terrorista.
O pré-candidato perdeu o coordenador da sua campanha, o ex-secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn, que é judeu e justificou a saída do cargo "diante da postura pró-Palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas", claramente se referindo a fala de Guilherme Boulos sobre o conflito.
“Minha defesa dos direitos do povo palestino é pública. […] Agora, condeno sem meias palavras ataques violentos a civis, como os que mataram nas últimas horas 250 israelenses e 232 palestinos. Deixo minha solidariedade às vítimas e seus familiares. Defendo uma solução pacífica e duradoura, que passe pelo cumprimento do direito internacional e das resoluções de paz”, disse o deputado no último dia 8, sobre os ataques do Hamas à Israel, porém sem citar nominalmente o Hamas.
Na entrevista, Ricardo Nunes ainda reconheceu que tem muito para ser feito na capital paulista. "Eu sou um cara que respeita as leis, né. Respeito, tenho a minha história de vida, fiz um trabalho muito importante como vereador. Tem muita coisa para fazer? Tem, mas a gente está conseguindo avançar", disse o prefeito.
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