A escolha do vice para a chapa de Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição na prefeitura de São Paulo, será do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele tem analisado vários nomes, como o de Sonaira Fernandes, secretária de Políticas para Mulher do governo de São Paulo. Outro nome que vem ganhando força é o do coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), batalhão da Polícia Militar (PM) de São Paulo.
Mello Araújo foi presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) durante o governo Bolsonaro. A amizade entre os dois começou em 2017, quando o então comandante da Rota foi perguntado sobre quem apoiaria para presidente da República e, mesmo tendo como chefe o então pré-candidato Geraldo Alckmin, o coronel respondeu que votaria em Bolsonaro. "O deputado Jair Bolsonaro, eu votaria nele. Eu não sou político e não gosto de falar muito de política, mas eu entendo que o país precisa de pessoas honestas no comando. E a população sente isso", afirmou Mello Araújo ao portal UOL, na época.
Outro ponto que pode pesar na escolha de Araújo para vice na chapa do atual prefeito é o fato de o militar poder ajudar especialmente com a região central de São Paulo, conhecida como cracolândia. Além disso, Bolsonaro já se queixou para pessoas próximas que considera parte do secretariado do Nunes como sendo "de esquerda" e colocar alguém da confiança dele na prefeitura poderia vetar alguns nomes.
Deputado confirma sondagem para vice de Ricardo Nunes
O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) confirmou à reportagem da Gazeta do Povo que, no atual cenário, o nome de Mello Araújo é o mais forte para ser indicado a vice de Nunes. “O Mello Araújo é um forte candidatos, se realmente essa chapa com o apoio do Bolsonaro se confirmar. Acho que é o número um na lista do presidente”, afirmou.
Para Diniz, o militar está preparado para ser vice-prefeito da capital paulista. “É preparado e qualificado, coronel da Polícia Militar. O pai dele também foi coronel da PM. O cara comandou a Rota, batalhão de elite, depois disso o presidente deu uma missão para ele e foi cuidar do Ceagesp. O presidente tem a maior consideração por ele. É juntar a questão da lealdade ao presidente Bolsonaro mais a capacidade técnica e intelectual”.
O parlamentar enfatiza que caso a união entre Nunes e Araújo se concretize, a esquerda perde espaço na prefeitura. “Caso isso venha a se concretizar [chapa Nunes e Araújo], é menos espaço para a galera de esquerda, que tinha espaço na gestão Dória, Covas e com o próprio Nunes também. A Marta Suplicy é um ícone disso”.
O deputado conta que o ex-comandante da Rota foi cotado para ser vice de Tarcísio. “Eu falei com o presidente em Brasília no final do ano. O presidente me perguntou o que eu achava dos nomes. Um dos que eu sempre cito é o Mello Araújo. Eu tive a oportunidade de filiá-lo ao PL lá atrás, não sei se ele está filiado ainda, acredito que sim. Porque ele poderia inclusive disputar a eleição estadual ou ser vice do próprio Tarcísio, ele foi cotado”.
Gil Diniz diz que ligou para o coronel e conversou sobre a possibilidade da chapa. “Ele me disse que ainda não tem nada decidido. Disse que ele tem minha consideração e o meu respeito. É uma pessoa de confiança do presidente, então tem essa articulação nos bastidores”, disse Diniz.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com Mello Araújo, que preferiu não se pronunciar sobre as especulações.
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