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Destinos

Principais roteiros do turismo médico no mundo:

Tailândia

- Atrativos: alta tecnologia e baixo custo.

- Especialidades fortes: oftalmologia, oncologia, cardiologia, neurologia, ortopedia e cirurgia plástica.

- Centros de referência: Bangkok Hospital – www.bangkokhospital.com e fone +66 2 3103000. Bumrungrad International Hospital – www.bumrungrad.com e fone +66 2 667 1000.

EUA

- Atrativos: cirurgias minimamente invasivas possibilitadas pela alta tecnologia em robótica. Lá estão os melhores centros de pesquisa médica (todos vinculados a universidades).

- Especialidades fortes: gastrocirurgias, oncologia, cardiologia e pediatria.

- Centros de referência: Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, Maryland – www.hopkinsmedicine.org. Mayo Clinic, nos estados de Minnesota, da Florida, e do Arizona – www.mayoclinic.com. The Children’s Hospital of Philadelphia, na Pensilvânia – www.chop.edu.

Dubai

- Atrativos: hospitais de luxo. A cidade recebeu 360 mil pacientes estrangeiros em 2008.

- Especialidades fortes: ortopedia e oftalmologia.

- Centro de referência: Dubai Hospital – http://web.dohms.gov.ae/dh/ e fone 00971 4 2195000.

Fonte: consultora Sônia Watanabe, da Hospitalité Assessoria e Consultoria.

A medicina brasileira é mundialmente famosa pelas cirurgias plásticas. A novidade é que estrangeiros também estão desembarcando no Brasil para tratamentos médicos de maior complexidade, como a cardiologia, ortopedia e odontologia, segundo a consultora da empresa paulistana Hospitalité Assessoria e Consultoria, Sônia Watanabe, que já assessorou centros de referência internacional, como o Instituto do Coração (Incor) e Hospital do Coração (HCor).

O turismo médico, ou turismo de saúde, vem se expandindo e tem potencial para decolar no país. "O motivo é a boa reputação conquistada pela medicina brasileira, que alia qualidade e tecnologia de ponta em alguns centros médicos", explica a consultora. Outro grande atrativo são os custos mais baixos se comparados aos valores cobrados nos Estados Unidos e Europa. "Um procedimento cirúrgico no Brasil pode chegar a metade do valor cobrado nos Estados Unidos", diz Sônia.

Segundo ela, neste segmento as redes hoteleira e de transporte também precisam estar bem estruturadas de forma quantitativa e qualitativa. "Nesse aspecto, o Bra­sil ainda precisa evoluir."

A Organização Mundial do Turis­mo estima que o segmento movimentará no mundo US$ 60 bilhões entre 2012 e 2015. O Brasil, apesar de não existirem números consolidados, busca seu espaço em meio a líderes como a Tailân­dia, que chega a faturar US$ 500 milhões por ano.

O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é um exemplo da imagem positiva da Medicina nacional lá fora. Estrangeiros procuram o hospital para procedimentos de alta complexidade, principalmente na área de oncologia, cardiologia e ortopedia.

No Paraná também há sinais de expansão e diversificação do turismo médico. Segundo o vice-presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Paraná, Luiz Rodrigo Milano, 35% dos pacientes atendidos em Curitiba não moram na cidade. Entre estes estão os estrangeiros, que buscam tratamentos principalmente em cardiologia, neurologia, ortopedia e cirurgia do aparelho digestivo – especialidades destacadas pelo presidente da Associação Médica Paranaense, José Fernando Macedo, como referência na capital.

Padrão internacional

Para garantir qualidade, as seguradoras de saúde internacionais preferem hospitais com certificação internacional, como a da Joint Commission International (JCI), organização americana não governamental que realiza acreditação desde 1953 e hoje atua em 40 países.

Ainda é pequeno o número de hospitais com padrão de qualidade internacional no Brasil. A maioria deles está centralizada na cidade de São Paulo. Entre eles estão HCor, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Samaritano e Sírio-Libanês.

O diferencial dos hospitais certificados vai além da boa medicina. "O Albert Einstein e o Sírio-Libanês, por exemplo, criaram setores especiais para estrangeiros", diz o secretário geral da Associação Médica Brasileira, Aldemir Hum­berto Soares. Ambos contam com equipes bilíngues em inglês e outros idiomas, além de concierges – funcionários à disposição dos pacientes para resolver questões não hospitalares.

O departamento de Relações Internacionais do Sírio-Libanês auxilia os estrangeiros desde a procura por hotéis e passagens aéreas ao agendamento de consultas e envio de exames. Em 2008 o atendimento a estes pacientes cresceu 62% em relação a 2007. Dados do setor comercial do Albert Einstein mostram que os estrangeiros representam 5% da sua demanda.

No sul do país, o Hospital Moi­nhos de Vento, em Porto Alegre, já é certificado pela JCI. Em Curi­tiba, o Hospital Santa Cruz iniciou o processo de acreditação este ano e deve recebê-la em 2011. Em 2006 o Santa Cruz criou o serviço Per­sonnage (personalizado, em Por­tuguês). Os pa­­cientes recebem atendimento em inglês, têm acesso a uma sala vip e conforto de hotel cinco estrelas. De acordo com o setor de marketing do hospital, em 2008 foram atendidos 1,2 mil pacientes internacionais, e no primeiro semestre deste ano já houve um crescimento de 10% no número de estrangeiros em relação ao ano passado.

Segundo o diretor regional do grupo Vita em Curitiba, José Otávio da Silva Leme Neto, as cirurgias bariátricas são as mais procuradas por pacientes internacionais – em sua maioria, norte-americanos. No ano passado, o Hospital Vita Curitiba recebeu o Certificado de Acreditação Canadense conferido pelo Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA). A cada oito meses é feita uma vistoria para manutenção da acreditação.

Em Curitiba, o Hospital Cardio­lógico Cons­tantini, segundo sua assessoria de imprensa, também vem adequando seus procedimentos clínicos e de atendimento às exigências para iniciar o processo de certificação pelo JCI.

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