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Longe de ser uma solução milagrosa para o problema da obesidade, a cirurgia bariátrica envolve riscos e muitas transformações. Há uma semana, no dia 15 de março, o técnico da equipe de natação do Clube Curitibano, Marcos Chaiben, 51 anos, morreu após ter sofrido uma hemorragia interna. Dois dias antes, ele havia feito uma cirurgia de redução de estômago.

Já o caso de Maria Fernanda Merling foi bem sucedido. Ela, que trabalha como executiva de contas de uma agência de turismo e tem 45 anos, conseguiu perder 49 quilos em dois anos e hoje tem pique e muita saúde para cuidar da carreira e da família.

"Cheguei a pesar 103 quilos depois da minha terceira gravidez. Tentei de tudo para perder peso e já estava desenvolvendo problemas como vasculares e hipertensão", conta.

Apesar de tudo ter dado certo, Maria Fernanda diz que a realização da cirurgia exige muitos sacrifícios. "Tive de abdicar de muitas coisas e até hoje tomo uma série de cuidados para não voltar a engordar e também para não passar mal. É necessário praticar o desapego e se acostumar com um novo corpo, um novo rosto e uma nova maneira de encarar a vida. Por isso só recomendo a cirurgia a quem estiver muito preparado e consciente de que tudo vai mudar."

Segundo o cirurgião Daniellson Dimbarre, do Hospital Santa Cruz, a cirurgia bariátrica pode ter índices de falha entre 5% e 10%. "A mudança no padrão alimentar é essencial, pois ajuda a evitar outros riscos à saúde do paciente, como anemia e hipovitaminoses", enumera.

O endocrinologista e mestre em Endocrinologia Dilermando Hopfer Brito, da Paraná Clínicas, lembra ainda que a disciplina é chave para qualquer tipo de tratamento para perder peso, inclusive a cirúrgica. "O mais importante, em todos os casos, é a mudança de hábito, o que é difícil, mas não impossível. De nada adianta pular de médico em médico para fazer as dietas da moda ou para ter acesso a medicamentos, se não existir acompanhamento regular e um bom preparo psicológico", alerta o médico.

Serviço:

Lançamento do livro Uma Decisão de Peso, de Maria Fernanda Merling. Dia 8 de abril, a partir das 19h30 no Café Junto, Rua Dom Pedro II, 333.

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