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A obesidade infantil pode trazer mais riscos do que se supunha anteriormente. Uma revisão de estudos feita pela Universidade de Oxford concluiu que crianças obesas têm um risco de 30% a 40% maior de, no futuro, sofrerem enfarte ou outras doenças isquêmicas cardíacas, em comparação a crianças com índice de massa corpórea (IMC) normal.

A pesquisa teve como base 63 estudos anteriores que analisaram 49.220 crianças e adolescentes saudáveis de 5 a 15 anos, moradores de países desenvolvidos. Os resultados foram publicados na edição desta quarta-feira (26/09) da revista científica British Medical Journal.

De acordo com o estudo, as crianças obesas e com sobrepeso apresentam maior pressão arterial e maior concentração de colesterol e de triglicérides no sangue. Esses são alguns dos fatores responsáveis por elevar os riscos cardiovasculares desse grupo, em relação ao grupo com peso normal.

ImpactoA maior prevalência de obesidade entre as crianças nos últimos anos provoca impacto nos consultórios dos cardiologistas, de acordo com o médico João Vicente da Silveira, do Hospital São Luiz. "Estamos observando que os jovens estão tendo doenças cardiovasculares cada dia mais cedo", diz o cardiologista. Ele acrescenta que os grandes vilões são comida em excesso e sedentarismo.

Enquanto os riscos cardiovasculares passam a ser mais significativos apenas quando a criança entra na fase adulta, a obesidade infantil também representa risco imediato, de acordo com a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Ela conta, por exemplo, que é cada vez mais comum crianças e adolescentes desenvolverem a diabete do tipo 2 e também níveis elevados de ácido úrico.

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