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Raul e a esposa Dyvonne: pararam de fumar e ganharam mais disposição | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Raul e a esposa Dyvonne: pararam de fumar e ganharam mais disposição| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Força de vontade, muito com­panheirismo e várias balas de hortelã. Esta foi a receita do engenheiro químico aposentado Raul Osmar Dias, e sua esposa, a dona de casa Dyvonne, para pararem de fumar. Mas a tarefa não foi nada fácil. Com 77 anos e 72 anos, respectivamente, o casal só decidiu dar um pon­to final ao cigarro a partir de um susto daqueles e a companhia que um fez ao outro nesta jornada foi fundamental para que vencessem o vício.

"Há oito anos, fui fazer um exame de rotina e o médico me deixou desesperada dizendo que precisava fazer exames mais detalhados porque suspeitava que eu tinha um grave problema cardíaco. Como a primeira recomendação foi parar de fumar, decidi largar o cigarro na hora", relembra Dyvonne.

Para não deixar a mulher sozinha, Dias também decidiu parar. Mas, no caso dele, a abstinência foi muito mais difícil. "Fumei por quase 60 anos, então tive que fazer um esforço redobrado. No começo, tive várias recaídas e tentava fumar escondido da Dyvonne. Acho que fiquei mais de dois meses persistindo até conseguir parar de vez", conta Dias.

Na luta para não desistir diante das dificuldades, a força de vontade foi essencial. "Tenho orgulho de dizer que paramos de fumar sem medicamentos. No dia que recebi o aviso do médico, não pensei duas vezes e, dali em diante, nunca mais fumei. Meu marido demorou um pouco mais, mas hoje estamos totalmente livres", diz Dyvonne.

Bem humorado, Dias conta um segredinho que também fez diferença. "No começo, substituí o cigarro por pastilhas de hortelã. Por uns quatro anos, cada vez que pensava em fumar, chupava uma bala para matar a vontade. Quando vi, mantinha um estoque de balas em casa para não correr o risco de faltar. Mas, pelo menos, esse vício não comprometia minha saúde e ainda fazia bem para a garganta", se diverte.

Outro santo remédio foi investir em exercícios físicos. E Dias garante que só vê benefícios nessa decisão. "Nós visivelmente ga­nhamos mais fôlego e disposição. Todos os dias, caminhamos no início da manhã pelo bairro. Se está chovendo, aproveitamos para pe­­gar o carro, ir até o supermercado e caminhar pelos corredores. O que não vale é ficar sem se exercitar."

Quanto ao problema cardíaco que fez com que os dois decidissem abandonar o cigarro não passou de um alarme falso. "Em algumas semanas, os exames provaram que eu não tinha doença alguma, mas foi um susto que valeu a pena e mu­dou nossas vidas para muito melhor", garante Dyvonne.

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