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Entidades médicas ficaram satisfeitas com definições da reunião

O presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo, afirmou que as entidades médicas saíram satisfeitas da reunião com a SESA e o MP. Macedo ressaltou que a flexibilização da utilização do antiviral no Paraná será importante para que seja possível evitar que a doença evolua para casos mais graves, principalmente em pacientes jovens. "A preocupação das entidades médicas é de que seja oferecida a medicação aos casos que há grande probabilidade da doença e forem diagnosticados clinicamente. A SESA garantiu que isso será feito", disse.

No entanto, ele salientou que não haverá quebra do protocolo do MS por parte da Secretaria Estadual de Saúde. O presidente da AMP disse que precisa haver "jogo de cintura" no tratamento da nova gripe.

Macedo afirmou também que foi criado um conselho técnico para discutir o tratamento da doença e atualizar dados sobre a nova gripe. Representantes das associações médicas e da SESA farão parte do conselho.

Já o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Miguel Hanna Sobrinho disse que houve avanços no tratamento da doença e que se for preciso, ainda se avançará mais. "O objetivo é garantir o melhor tratamento aos pacientes do Paraná, e não apenas o mínimo", afirmou Hanna Sobrinho. (FL)

Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

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O governo estadual quer flexibilizar tratamento com antiviral no Paraná. Em uma reunião nesta segunda-feira (3) entre entidades médicas, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, e o Ministério Público (MP) foi decidido que será pedido ao Ministério da Saúde que o tratamento da doença seja ainda mais flexível no estado.

As associações médicas pediram que houvesse mais autonomia dos médicos para receitar o medicamento. As entidades médicas que participaram da reunião foram a Associação Médica do Paraná, o Conselho Regional de Medicina do Paraná, a Sociedade Paranaense de Infectologia, a Sociedade Paranaense de Pediatria e a Sociedade Paranaense de Pneumologia.

Segundo o secretário, o entendimento é de que se procurará ter o máximo de flexibilização no atendimento aos pacientes com suspeita da nova gripe – levando em consideração o protocolo do Ministério da Saúde. A intenção é evitar o agravamento dos casos suspeitos. "A preocupação é não esperar o agravamento do caso, para depois entrar com o medicamento. Temos que conseguir tratar o paciente avaliando o quadro clínico, com muito critério, e entrando com a medicação". Segundo o secretário, foi e está sendo bastante discutido com as associações médicas quais serão os critérios clínicos para o diagnóstico.

No entanto, Martin disse que isso já vinha acontecendo no estado. Segundo ele, em algumas situações o antiviral era dado às pessoas que não eram necessariamente casos graves ou do grupo de risco. "Já havia uma abertura para o repasse dos medicamentos para os casos em que havia manifestação clínica e poderia haver agravamento do caso", disse o secretário.

O Ministério da Saúde (MS) orienta para que apenas os casos graves e pessoas do grupo de risco – crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes, pessoas com doenças pré-existentes e pessoas imunodeprimidas – recebam o antiviral.

Sobre a liberação do remédio aos pacientes, o secretário disse que haverá uma unificação das formas de agir. Isso porque haverá uma soma de esforços para tornar mais ágil a liberação do medicamento aos pacientes. O secretário argumentou ainda que uma das maiores preocupações é garantir o atendimento aos pacientes com casos suspeitos e, segundo ele, isso ocorreu desde o começo. "Não faltou medicamento para os pacientes que o antiviral foi receitado", argumentou.

As associações médicas têm discutido os critérios do diagnóstico, para que os médicos tenham segurança para prescrever o remédio às pessoas - que realmente precisarem.

Martin disse também que não pode haver uma banalização da prescrição do remédio. "Se o remédio for receitado indeterminadamente, poderá acabar porque ele não é infinito. E as pessoas que realmente precisarem não vão ter. Outro problema seria o risco da resistência do medicamento ao vírus.

Ele criticou a postura da prefeitura de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, que decidiu que todos os pacientes com sintomas da nova gripe recebem o antiviral na fase inicial – primeiras 48 horas - da doença.

Vacina contra a gripe suína

O Ministério da Saúde comprou 18 milhões de doses da vacina contra a gripe suína de um laboratório do exterior. O Brasil deve receber um milhão de doses da vacina ainda neste ano e 17 milhões no primeiro trimestre de 2010.

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