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Em assembleia na noite desta terça-feira (11), os médicos que prestam serviço ao Hospital Evangélico de Curitiba decidiram acatar o pedido feito pelo Ministério Público do Paraná e não iniciar uma paralisação no atendimento, que estava prevista para começar na quarta-feira (12). A categoria aceitou esperar uma semana até a chegada de novos documentos da investigação feita pelo MP sobre o endividamento do hospital.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), Mário Ferrari, uma audiência com o MP no dia 14 deve definir os rumos da manifestação da categoria, que reclama de atraso no pagamento de honorários – um total de R$ 8,3 milhões, de acordo com a própria mantenedora do hospital, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB) – e de falta de condições de trabalho.

A questão dos honorários envolve vários fatores. Atualmente, de acordo com o sindicato, após uma ação ajuizada por um credor contra o hospital, parte dos salários dos médicos é sequestrada todo mês para pagamento de dívidas. Como o pagamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é global e não faz distinção entre honorários e outros gastos, quando o dinheiro é depositado na conta da instituição, uma parte é automaticamente transferida para o credor. Também há pagamentos que não foram repassados aos médicos desde 2006.

Os médicos afirmam que, além da exigência do pagamento de honorários, a paralisação é um protesto por melhores condições de trabalho. Por conta de dívidas que chegam a R$ 260 milhões, a instituição, de acordo com os médicos, enfrenta uma grave falta de insumos e medicamentos.

Por conta disso, os profissionais, que são contratados e recebem por produção, se recusam a trabalhar, pois alegam que o problema pode afetar a qualidade de atendimento e até colaborar para erros de procedimento.

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