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Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

A distribuição dos remédios para a gripe A será descentralizada

Novas campanhas de conscientização

O Comitê Gestor da Saúde de Londrina, que avalia as ações a serem tomadas para evitar a proliferação da gripe A H1N1, decidiu, em reunião na manhã desta terça-feira (4), intensificar as campanhas de conscientização sobre as medidas de prevenção da nova gripe.

O secretario da Saúde, Agajar Der Bedrossian, informou à reportagem do ParanáTV, que a pasta já está emitindo panfletos que serão distribuídos nas ruas, centros comerciais, feiras e supermercados. Agajan também ressaltou que é fundamental lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações. "Essa foi uma das razões para as suspensões de aulas. Mas percebemos que as pessoas não se aglomeram nas escolas, porém em outros lugares. É importante que a população tenha consciência do problema que estamos vivendo", comentou.

Leia matéria completa.

Uma moradora de Ibiporã, no Norte do Paraná, morreu na madrugada desta terça-feira (4) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei em Londrina. A mulher, de 37 anos, era um caso já confirmado de gripe A e foi transferida de Ibiporã já doente, em razão da gravidade do estado de saúde. No total ela passou mais de 10 dias internada, segundo informações da secretaria municipal de saúde. No Paraná, a gripe já matou 25 pessoas, sendo três delas no Norte do estado. Além desse caso, a Secretaria Estadual de Saúde (SESA), confirmou na tarde desta terça-feira, duas mortes na região de Jacarezinho.

Essa foi a segunda morte por gripe A em Londrina. O primeiro óbito na cidade foi de um representante comercial de Curitiba que morreu no Hospital do Coração no dia 21 de julho. Ele tinha 31 anos.

Segundo o médico infectologista e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Santa Casa e do Mater Dei, Marcos Tanita, a paciente chegou no dia 16 de agosto de uma viagem a Belém, no Pará, e começou a apresentar os primeiros sintomas de gripe no dia 18. No entanto, ela procurou atendimento médico em Ibiporã somente no dia 22. "Por este motivo, ela não recebeu o antiviral Tamiflu, que é recomendado para as primeiras 48 horas, depois que iniciam os sintomas de gripe", explicou.

Com o agravamento do caso, a mulher foi transferida, no dia 24, já com quadro de pneumonia, para a UTI do Hospital Mater Dei. De acordo com Tanita, a paciente chegou a apresentar uma melhora no dia 31, quando deixou a terapia intensiva, no entanto, o quadro clínico voltou a se agravar na madrugado do domingo (2) e teve que voltar para a UTI. "A pneumonia evoluiu para um choque séptico, que é uma infecção generalizada, e o organismo dela entrou em colapso", comentou.

O superintendente da Irmandade Santa Casa de Londrina, que administra os hospitais Santa Casa, Mater Dei e Infantil, Fahd Haddad, afirmou que as três unidades atendem diariamente 230 pacientes com infecção das vias aéreas e 19 casos estão internados com suspeita de terem contraído a nova gripe.

De acordo com Haddad, os casos mais graves são de duas crianças, de 4 e 11 anos, que estão internadas na UTI do Hospital Infantil.

Seis novos casos

Um boletim divulgado na noite de segunda-feira (3) pela secretaria municipal de saúde de Londrina confirma seis novos casos de gripe A na cidade. Ao todo o município já registra 11 casos da doença. No entanto, segundo o secretário municipal de Saúde, Agajan der Bedrossian, todos os pacientes estavam em internação domiciliar e já receberam alta. "A única era essa moradora de Ibiporã que faleceu de madrugada e já chegou na cidade doente", diz.

Ainda de acordo com o secretário, atualmente a cidade não possui pacientes com gripe A. O número trazido pelo boletim é defasado em razão da demora nos exames de confirmação. "É uma informação represada em função da falta de agilidade nos exames, que estavam demorando de 20 a 30 dias para ficarem prontos. Agora que o nosso laboratório central também está fazendo a verificação devemos ter mais agilidade nos resultados", explica.

O secretário também afirmou que a medicação dos pacientes também será mais rápida. Está havendo na cidade uma descentralização da distribuição do medicamento para tratar a doença. "Antes era tudo controlado pela vigilância epidemiológica. Agora o processo vai ser menos burocrático. Já estamos enviando medicamentos para ter disponível no Centro de Referência, na unidade 24 horas do Jardim Leonor e nos hospitais da região", conta.

Atendimento

O movimento no Centro de Referência para Gripe, instalado no Pronto Atendimento Municipal (PAM), continua intenso. Somente nesta segunda-feira 386 pacientes passaram pelo posto e as filas de espera foram grandes. "Muitos pacientes de outras cidades próximas também estão procurando o serviço", nota Bedrossian. Ele garante que a secretaria está trabalhando para melhorar a situação. "Suspendemos as férias dos profissionais de saúde e liberamos as horas extras. Também estamos recrutando mais um médico para o local", diz.

Paraná receberá R$ 2 milhões para o tratamento da nova gripe

O Paraná receberá verba de R$ 2 milhões do Ministério da Saúde nos próximos três meses para o tratamento da gripe A H1N1. Também serão destinados ao estado outros R$ 600 mil, os quais serão destinados para compra de equipamentos para a rede pública de saúde.

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em Curitiba, durante a inauguração da primeira unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado, que foi denominada como Instituto Carlos Chagas, e da Planta de Insumos para Diagnósticos em Saúde. Os dois órgãos funcionarão na Cidade Industrial (CIC).

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