Há dúvidas de quando a gripe A (H1N1) voltará na sua forma mais grave nos países do Hemisfério Sul. Segundo o infectologista Moacir Pires Ramos, membro do comitê de enfrentamento da gripe A de Curitiba, a reintensificação da doença é esperada para março, mas ela pode vir antes. "Temos outra variável que é a classe alta viajando muito para o exterior em dezembro e janeiro. Como os casos estão em alta lá, é provável que ocorra a reintrodução do vírus no Brasil antes mesmo do frio."
Em 2009, os primeiros casos no Paraná foram confirmados em junho. O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, explica que, no início, 70% a 80% dos casos do Paraná eram de pessoas que estiveram na Argentina. Martin acredita numa intensificação da doença a partir de março.
Segundo Jaime Lopes Rocha, infectologista do Hospital Vita Curitiba, a segunda onda no Hemisfério Norte está sendo mais severa e não se sabe com certeza como o vírus irá se comportar nos países do Sul. "Não há como saber isso com certeza, pois existem muitos fatores que definirão a gravidade da próxima onda no Brasil e Paraná." Entre os principais fatores estão a disponibilidade da vacina, diagnóstico e tratamento precoces, e maior atenção dos serviços de saúde.
De acordo com o infectologista, é difícil prever com certeza quando será o pico de atividade do vírus H1N1. Rocha afirma que nos Estados Unidos o surto começou três semanas antes do previsto.
O vírus da nova gripe continua circulando nos países do Hemisfério Sul, só que, nessa época do ano, a possibilidade de adquirir a doença é maior no Hemisfério Norte. A primeira orientação para quem for viajar para o exterior é ter um seguro saúde, que dê cobertura de atendimento. Se o paciente estiver com os sintomas de gripe, deve procurar o médico. Outras recomendações são evitar contato com pessoas que estejam com gripe e manter as medidas de prevenção, como lavagem frequente das mãos e uso do álcool gel.
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