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Veja todos os casos de gripe A confirmados no Paraná |
Veja todos os casos de gripe A confirmados no Paraná| Foto:

Escolas Professores não serão imunizados

Professores da rede pública e parti­cular de ensino não foram incluídos entre os grupos prioritários para re­­ceber a vacina. Para a presidente da APP-Sindicato, Marleide Fernandes, esse é um assunto que deverá ser discutido com as secretarias de Educação e Saúde. "Alguns pro­fessores já manifestaram essa preo­cupação", afirma. Segundo ela, um professor que passa até 8 horas diárias dentro de salas de aula e tem contato com um grade número de alunos pode estar exposto à infecção.

Já o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), Ademar Batista Pereira, considera que a vacinação não será necessária se as escolas fizerem corretamente o trabalho de monitoramento dos alunos doentes. "Se esse trabalho for feito de maneira correta, um professor estará mais seguro na sala de aula, onde há um controle, do que em um ônibus onde não se sabe como está a saúde dos passageiros", argumenta. Para ele, a adaptação do calendário letivo também funcionará como uma estratégia de prevenção. Uma reunião com as principais escolas definiu um calendário com 207 anos letivos, uma semana a mais do que o normal, para o caso de ser preciso suspender as aulas. "Além disso, os colégios aceitaram fazer uma parada em bloco durante três semanas em julho", explica.

Nas escolas da rede municipal, as férias foram mantidas em apenas duas semanas, mas podem ser es­­tendidas caso haja necessidade.

O Paraná deverá vacinar 3,3 milhões de pessoas contra a gripe A. O primeiro lote de vacinas deve chegar ao estado em duas semanas. A vacinação, como no restante do país, será feita em quatro etapas e atenderá a grupos prioritários definidos a partir da análise da situação epidemiológica brasileira e de critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. A campanha terá duração de aproximadamente dois meses, tendo início no dia 8 de março e conclusão prevista para 7 de maio.

Os primeiros a serem vacinados serão os trabalhadores da rede de atenção à saúde e a população indígena, de 8 a 19 de março. Na segunda etapa, prevista para ocorrer entre 22 de março e 2 de abril, serão vacinados doentes crônicos, gestantes e crianças com idades entre 6 meses a 2 anos. Em uma terceira fase, compreendida entre 5 e 23 de abril, será a vez da população jovem de 20 a 29 anos. E por fim, de 24 de abril a 7 de maio serão imunizados idosos que sofram de alguma doença crônica.

Este último grupo poderá vacinar-se também contra a gripe sazonal. "A recomendação é que essa população já receba as duas doses no mesmo dia", explica o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin. "Não há problemas em administrar as duas doses juntas, não há risco de reação ou interação", garante. Ele esclarece, entretanto, que as duas vacinas têm ações diferentes, a vacina da gripe sazonal não protege contra gripe A e vice-versa.

Locais

As vacinas estarão disponíveis em 2 mil Unidades Básicas de Saúde distribuídas em todo o Paraná, além de postos móveis definidos pelos próprios municípios. Em todo o Brasil a expectativa é vacinar pelo menos 62 milhões de pessoas. Serão 36 mil salas de vacina nos 26 estados e no Distrito Federal. Aqueles que pertençam aos grupos indicados devem comparecer às unidades de saúde com a carteirinha de vacinação e documento de identidade. Quem não se enquadra nos critérios estabelecidos, poderá obter a vacina em clínicas particulares. Nesses locais não haverá um cronograma e a oferta será avaliada de acordo com a demanda.

A definição dos grupos prioritários obedece a critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde, mas foi adaptada à situação epidemiológica brasileira. Além do Brasil, apenas alguns países como Estados Unidos e Canadá, optaram por vacinar também grupos saudáveis como crianças de 6 meses a 1 ano e jovens de 20 a 29. De acordo com a análise dos dados da primeira epidemia, ocorrida no ano passado, esses grupos foram os que apresentaram o maior número de casos graves de doença respiratória.

Conforme o secretário, o objetivo da vacinação não está em conter a disseminação do vírus que já está presente entre a população, mas em manter a estrutura dos serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos de complicação e morte. Desde o início deste ano, a gripe A matou duas pessoas no estado.

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