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Mais quatro mortes por dengue foram confirmadas na região Centro-oeste do Paraná nesta segunda-feira (25), segundo boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR). Os casos aconteceram em Peabiru e Campo Mourão, aumentando para seis o número de mortes pela doença em todo o Paraná –Peabiru e Paranavaí registraram os primeiros óbitos do ano.

No total, o Paraná já registra 5,4 mil casos confirmados de dengue - 29% a mais do que os divulgados no último boletim. A maior parte dos casos se concentra nas regiões Noroeste e Oeste do estado.

Uma das mortes foi de uma moradora de Peabiru, de 84 anos. A Sesa informou que o óbito foi causado por febre hemorrágica da dengue associada a uma hemorragia digestiva. A idosa teve dores de cabeça, vômito, febre e dores abdominais e, mesmo assim, não procurou atendimento médico e preferiu tomar remédios por conta própria.

"A automedicação pode matar", salientou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, em nota encaminha à imprensa. "Neste caso específico, a idosa tomou AAS 100 mg por quatro dias. O medicamento é totalmente contraindicado para pacientes com suspeita de dengue, pois favorece a hemorragia."

Entre os outros três casos confirmados, o que mais chamou a atenção foi de uma moradora de Campo Mourão, de 31 anos. Foi a primeira morte por dengue no ano de uma pessoa não idosa. Os outros dois casos da doença, adquiridos em Peabiru, foram de uma mulher de 62 anos e um homem de 75 anos.

O coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan, explicou que os profissionais de saúde dos prontos atendimentos precisam estar atentos aos sintomas da dengue: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hemorragias, sangramento de mucosas, hipotermia, desconforto respiratório, entre outros. "A possibilidade de pacientes com este quadro evoluírem para a forma grave da doença é grande se não houver tratamento correto", ressaltou.

Números

O boletim também atualizou o número total de casos confirmados em todo o Paraná: foram 5.438 entre agosto de 2012 e esta segunda.

No boletim anterior, o estado havia confirmado 4,2 mil. Já são 13 municípios em situação epidêmica. Além de Peabiru, Paranavaí, São Carlos do Ivaí, Fênix, Japurá, Quinta do Sol, Terra Rica, Primeiro de Maio, Santa Fé, Formosa do Oeste, Tamboara, São João do Caiuá e Engenheiro Beltrão apresentaram, respectivamente, 27 e 65 casos confirmados nesta última semana. As cidades em situação epidêmica têm uma incidência de 300 casos por 100 mil habitantes.

Atenção

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, disse à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do estado, que as pessoas devem procurar por atendimento médico assim que sentirem os sintomas, já que a demora em buscar ajuda profissional pode agravar o quadro clínico.

Cuidados com a doença

Os sintomas da dengue são muito parecidos com os da gripe, com dores de cabeça, no fundo dos olhos e no corpo, além de febre alta.

Ao apresentar esses sintomas, deve-se procurar qualquer uma unidade de saúde mais próxima, que estão preparadas para lidar com a situação. Isso porque, no caso de a pessoa com dengue tomar algum medicamento para gripe com o elemento químico ácido acetilsalicílico – comum nos remédios para alívio dos sintomas dos resfriados –, as chances de ocorrerem hemorragias generalizadas são grandes.

Brasil

O Brasil já registrou, este ano, quase o triplo do número de casos de dengue em comparação ao ano passado. Até 16 de fevereiro, 204,7 mil casos foram identificados, frente a 70,5 mil casos registrados no mesmo período de 2012, segundo balanço divulgado hoje (25) pelo Ministério da Saúde.

Oito estados concentram quase 85% dos casos, puxados pelo Mato Grosso do Sul, com 42 mil registros. O risco da dengue nesse Estado é quase 15 vezes maior que o índice nacional. Os dados indicam a ocorrência de epidemia em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados - Tocantins, Mato Grosso, Acre e Goiás.

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