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A futura vacina contra a dengue deve ser em uma única dose e irá servirá para os quatro vírus da doença. O Instituto Butantan iniciou nesta sexta-feira (11) a terceira e última etapa de desenvolvimento. Nesta fase, a vacina será testada em 17 mil voluntários de 13 cidades, em 12 estados das cinco regiões brasileiras. O Butantan e o governo do estado de São Paulo estimam que a vacina poderá ser disponibilizada até 2017.

A vacina desenvolvida pelo Butantan mostrou capacidade, nas duas primeiras fases de testes, de combater os quatro tipos de vírus da dengue, mas não tem eficácia contra o vírus causador da febre chicungunya e o vírus zika, também transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.

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O desenvolvimento da terceira fase da vacina custará cerca de R$ 270 milhões. Segundo o governo de São Paulo, o setor privado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderão participar como parceiros. Atualmente, o Butantan tem uma fábrica para produzir até 500 mil doses da vacina por ano - capacidade que pode ser aumentada para até 12 milhões de doses/ano com algumas adaptações industriais.

Na manhã desta sexta-feira, a Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que havia aprovado o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento sobre a vacina enviado pelo Butantan. “A documentação, enviada à Anvisa no último dia 8, possibilita o sinal verde para que o Instituto Butantan inicie os estudos Fase 3. Esta é a última etapa necessária para que o Instituto protocole o pedido de registro da vacina à Anvisa, que avaliará a qualidade, segurança e eficácia do produto”, destacou a agência em nota.

Os interessados em participar dos testes como voluntários devem aguardar a divulgação do convite para que façam parte do estudo em sua cidade. Eles precisam se enquadrar em três faixas-etárias (2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos) e estar saudáveis. Pessoas que já tiveram dengue podem participar. Entre os efeitos colaterais, podem estar pontinhos vermelhos pelo corpo e dor de cabeça. Os voluntários serão acompanhados pela equipe médica durante cinco anos. Estão programadas ao menos dez visitas a centros do estudo e 28 contatos telefônicos.

As cidades onde serão feitos os testes são: Manaus, Porto Velho, Boa Vista, Aracaju, Recife, Fortaleza, Brasília, Cuiabá, Campo Grande, São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte e Porto Alegre.

O governo de São Paulo também pretende iniciar estudos para uma futura vacina e um teste de diagnóstico em gestantes para o vírus zika.

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