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Aedes aegypti, que pica durante o dia, é bem menor que um pernilongo e tem patas com pintas brancas | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Aedes aegypti, que pica durante o dia, é bem menor que um pernilongo e tem patas com pintas brancas| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

A quem recorrer

Em Curitiba, o Programa Municipal de Controle da Dengue faz o trabalho de fiscalização dos possíveis focos durante todo o ano. O órgão solicita ajuda da população nessa tarefa, que pode ser feita por qualquer um. No caso de haver um terreno baldio, pneus em locais irregulares ou outras situações nas quais as pessoas não possam acabar com o foco, uma denúncia deve ser feita à prefeitura por meio do telefone 156.

Tipos de dengue

Recentemente, um caso do tipo 4 da dengue foi registrado em Paranavaí. O caso chamou a atenção porque foi o primeiro dessa classificação no estado. No total, quatro tipo diferentes de vírus da dengue são classificados. No entanto, segundo a coordenadora de combate à dengue em Curitiba, a diferença entre os vírus é apenas genética. Os sintomas são os mesmos e devem ser tratados da mesma maneira.

Dicas para evitar focos

- Não jogar lixo em terrenos baldios; - Retirar a água que fica acumulada sobre lajes; - Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; - Limpar calhas com frequência, para que galhos e folhas não dificultem a passagem da água. Fontes: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e Ministério da Saúde.

Apesar de Curitiba não ter casos de transmissão de dengue dentro da cidade, cuidados com a proliferação do mosquito que causa a doença devem ser tomados, pois a doença é considerada epidemia em cidades do Paraná. Duas pessoas que estiveram em municípios do interior já foram diagnosticadas com a doença na capital paranaense. Um dos casos surgiu depois que uma pessoa visitou a cidade de Peabiru, onde ocorreu a primeira morte por dengue no ano. A segunda pessoa infectada contraiu a doença em Paranavaí, no Noroeste do estado. As duas tiveram dengue do tipo 1 e 2.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Rita Sandra Franz, a capital paranaense não registra casos transmitidos dentro da própria cidade desde 2002. Mesmo assim, diante de casos como os dois que foram detectados, o órgão tem um programa de combate especial para evitar a transmissão da doença.

O mosquito da dengue – Aedes aegypti –, segundo Rita, tem um poder de voo de, no máximo, 300 metros. Este é o raio estabelecido nas proximidades de onde a pessoa doente se encontra para fazer o chamado bloqueio de transmissão. "Fizemos uma inspeção rigorosa em todas as residências nesse perímetro e em pontos comerciais para evitar a transmissão. Se naquele raio tiver o mosquito, ele vai começar a transmissão na cidade", alerta.

Em 2012, a tática deu certo e nenhum caso foi transmitido dentro do município. No total, 25 pessoas com dengue foram diagnosticadas em Curitiba. Em todos eles, os infectados haviam adquirido o vírus em outros locais. "Quando as pessoas saem para áreas de risco, nós aconselhamos que as pessoas usem repelente, procurem abrigos em hospedagem que tenham mosqueteiro e que não tenham água parada, justamente para evitar adquirir a dengue", aconselha.

A coordenadora alerta que o mosquito transmissor lembra um pernilongo, mas é muito menor e tem hábitos diferentes. O Aedes aegypti pica durante o dia e voa baixo, picando principalmente as pernas e os braços. O principal diferencial do agente que transmite a enfermidade está nas patas, que possuem manchas brancas bem visíveis.

Em Curitiba, no caso de alguém vir um mosquito com essas características, a orientação é tentar capturar o inseto e levá-lo a uma Unidade de Saúde. Todos os postos estão preparados para identificar o mosquito e direcionar uma equipe de combate aos focos em um raio de 300 metros da região em que o mosquito for encontrado. Até agora, no ano, apenas quatro focos foram registrados – dois no Jardim Botânico, um no Tatuquara e um no Abanches.

Cuidados com a doença

Para quem tomou todos os cuidados e mesmo assim adquiriu o vírus, o principal risco está na automedicação, segundo Rita. Os sintomas da doença são muito parecidos com os da gripe, com dores de cabeça, no fundo dos olhos e no corpo, além de febre alta.

Ao apresentar esses sintomas, deve-se procurar qualquer uma das Unidades de Saúde da capital, que estão preparadas para lidar com a situação. Isso porque, no caso de a pessoa com dengue tomar algum medicamento para gripe com o elemento químico ácido acetilsalicílico – comum nos remédios para alívio dos sintomas dos resfriados –, as chances de ocorrerem hemorragias generalizadas são grandes.

"Os sintomas são parecidos com a gripe porque [a dengue] também é uma doença viral [assim como a gripe]. À medida em que infecta, começa a desencadear uma reação imunológica. A resposta é individual, depende de cada organismo. Por isso que algumas pessoas desenvolvem na primeira vez a dengue hemorrágica e outras, não", explica.

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