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A atual epidemia do zika vírus (ZIKV) no Brasil, representa um desafio importante não só para comunidade científica, como também para o poder público e para a população brasileira. Números recentes do Ministério da Saúde – que registram em 2015 a notificação de mais de 2 mil casos de microcefalia relacionados à infecção pelo ZIKV em 20 estados – testam nossa capacidade de atuar em conjunto de forma ágil e coordenada na busca de soluções.

A emergência desse novo vírus, reforça a importância da ampliação das pesquisas científicas na área e o quão fundamental são as ações de combate, pela população e pelo poder público, ao Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya. Como virologista, chefe do Laboratório Virologia da Fiocruz Paraná, um dos cinco laboratórios da rede sentinela para zika do Ministério da Saúde – único atuando na Região Sul do país – afirmo que estamos aprendendo em tempo real.

Para fazer o mosquito passar de vilão a mocinho

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A equipe liderada por mim se dedica ao desenvolvimento de um teste de diagnóstico capaz de detectar a infecção em amostras de sangue, por meio de exame sorológico. Um passo importante para se ter uma ideia mais ampla da infecção do vírus e dos potenciais mecanismos de transmissão e ter uma dimensão quantitativa de pessoas infectadas. Atualmente, somente testes moleculares, que precisam ser realizados em até cinco dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, são realizados. Trabalhamos em rede no Brasil e buscamos a cooperação com grupos de pesquisa internacionais, como os do Instituto Pasteur, que iniciaram estudos sobre o vírus após o surto da doença na Polinésia Francesa, em 2014.

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