A jornalista Letícia Sallorenzo, conhecida nas redes como “Bruxa”, apresentou ao STF uma petição criminal contra os jornalistas David Ágape e Eli Vieira, autores da série "Vaza Toga", além do ex-assessor Eduardo Tagliaferro. A ação foi enviada diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo investigação por crimes como difamação, injúria, associação criminosa e até abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Sallorenzo é jornalista formada pela UFRJ, mestre em linguística e doutoranda na UnB, com pesquisas sobre fake news e manipulação discursiva. Ficou conhecida por sua militância digital em defesa do STF e do TSE e chegou a atuar como colaboradora informal do TSE durante a campanha de 2022, mantendo contato com a equipe de Moraes.
Críticos afirmam que a ação busca criminalizar o jornalismo investigativo, repetindo estratégias usadas em outros casos para vincular jornalistas ao inquérito das milícias digitais. A PGR decidirá se abre investigação ou arquiva. Especialistas apontam risco à liberdade de imprensa e classificam a iniciativa como SLAPP (processo para silenciar críticas).
STF julga militares do "núcleo 3"
A Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira (11) o julgamento do chamado “Núcleo 3” da tentativa de golpe de Estado. O grupo é formado por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal, acusados de planejar ações violentas para impedir a posse de Lula e Geraldo Alckmin em 2023.
Entre os planos atribuídos ao núcleo está o “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente previa o assassinato do ministro Alexandre de Moraes e das autoridades eleitas. Os réus respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado contra patrimônio da União.
As sessões ocorrerão nos dias 11, 12, 18 e 19 de novembro, com votos dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. A PGR pediu a condenação de nove dos dez acusados, alegando que monitoraram autoridades e tentaram convencer o alto comando do Exército a aderir ao "plano golpista".
INSS: Empresário suspeito de fraude bilionária usa habeas corpus do STF para não responder
A comissão da CPMI do INSS ficou insatisfeita com o silêncio do empresário Igor Dias Delecrode, apontado como um dos líderes do esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias. Delecrode, parte do grupo dos chamados “golden boys”, usou um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes (STF) para não responder às perguntas dos parlamentares.
O grupo é investigado por movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de associações ligadas ao INSS. A blindagem judicial gerou críticas à atuação do Supremo, que tem limitado o poder da CPMI. A Polícia Federal já apreendeu bens de luxo, incluindo uma Ferrari avaliada em mais de R$ 4 milhões, e apura vínculos políticos e possíveis doações de campanha.
Toffoli invalida provas da Odebrecht contra ex-primeira-dama do Peru
O ministro Dias Toffoli, do STF, atendeu parcialmente ao pedido da defesa da ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão por corrupção em seu país. Toffoli anulou as provas fornecidas pela Odebrecht e usadas pela Justiça peruana, considerando-as “imprestáveis” segundo a lei brasileira, mas não barrou um eventual pedido de prisão internacional ou extradição.
A decisão estende a Heredia o mesmo entendimento aplicado ao ex-presidente peruano Ollanta Humala, seu marido, sobre os sistemas da Odebrecht (Drousys e MyWebDay). O ministro determinou que o Ministério da Justiça comunique o governo peruano sobre a nulidade das provas e proibiu qualquer cooperação judicial baseada nelas. Heredia vive no Brasil desde abril sob asilo diplomático concedido pelo governo Lula por “razões humanitárias”
O programa Sem Rodeios vai ao ar às 13h30, ao vivo, no canal do YouTube da Gazeta do Povo. Não perca!



