O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes marcou para a próxima segunda-feira (9) o início dos depoimentos dos réus por suposta tentativa de golpe de Estado do chamado “núcleo crucial”, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A audiência começará com o interrogatório do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid firmou um acordo de delação premiada no âmbito do inquérito, por isso será ouvido antes dos demais acusados.
Depois do depoimento do militar, os réus serão interrogados por ordem alfabética. Os depoimentos serão presenciais e ocorrerão na sala de audiências da Primeira Turma do STF. O ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024, será ouvido por videoconferência.
PGR diz que manutenção de prisão de Braga Netto é “adequada” e “proporcional”
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, preso em dezembro de 2024 por obstrução de justiça no âmbito da investigação da suposta tentativa de golpe de Estado.
Ele foi acusado de tentar obter dados sigilosos da delação do tenente-coronel Mauro Cid. O parecer foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). No último dia 28, a defesa voltou a pedir a soltura do general em um agravo regimental.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou que a prisão deve ser mantida para preservar o curso do processo e não pode ser substituída por medidas cautelares. Gonet destacou que a prisão ainda é a medida “adequada” e “proporcional”. O ministro Alexnadre de Moraes, relator do caso, rejeitou o último pedido de liberdade apresentado pelos advogados de Braga Netto no último dia 22.
Carla Zambelli deixa o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que está fora do país há alguns dias, nos Estados Unidos, para fazer um tratamento médico, mas que pedirá licença do mandato. Ela diz que se baseará na Europa, onde tem cidadania de um país.
A decisão de sair do país ocorreu dias depois de ter sido condenada a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Gazeta do Povo pediu mais informações à defesa da deputada e aguarda retorno.
“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo. Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também”, disse em uma live do canal Auriverde Brasil.
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