O senador Esperidião Amin (PP-SC) protocolou o requerimento para a criação da CPI da Vaza Toga, inspirada em investigações jornalísticas que expõem métodos do STF entre 2018 e 2024. O governo Lula planeja utilizar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para controlar a composição da comissão e evitar uma maioria oposicionista que possa aprofundar as investigações. Estratégia semelhante foi adotada na CPI do Roubo do INSS, onde a maioria pró-governo impediu a investigação de sindicalistas ligados ao PT e PDT.
Moraes reafirma postura autoritária em entrevista a jornal norte-americano
Mesmo diante das novas revelações da Lava Toga — que apontam atuação irregular de sua equipe e vazamentos de informações — e das sanções internacionais aplicadas pelos EUA via Lei Magnitsky, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou ao Washington Post que não há "a menor possibilidade de recuar um milímetro" em sua atuação. Ele destacou que continuará tomando decisões com base na lei para defender a democracia brasileira, independentemente de pressões internas ou externas. Moraes também comparou o autoritarismo a uma doença que exige resposta firme e afirmou que suas decisões têm respaldo do Supremo, que já revisou mais de 700 de seus atos sem reverter nenhum.
Rede de aliados mantém influência de Moraes no Brasil
Apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos em 2025, incluindo a revogação de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mantém uma sólida rede de aliados no Brasil. Essa rede abrange diversos setores, como o Judiciário, a política e a segurança pública, garantindo-lhe influência e proteção. Aliados próximos, como o ministro Flávio Dino, o procurador-geral da República Paulo Gonet, e o advogado-geral da União José Levi, têm demonstrado apoio contínuo a Moraes, reforçando sua posição no cenário político nacional. Além disso, membros do STF que compartilham afinidades políticas com Moraes também têm se alinhado a ele, consolidando sua base de apoio dentro da Corte. Essa rede de aliados tem sido crucial para Moraes, especialmente diante das pressões externas e internas, permitindo-lhe manter sua influência e enfrentar os desafios impostos pelas sanções internacionais.
Novo pede investigação sobre atuação da AEED após vazamentos da Lava Toga 2
O Partido Novo protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal, no dia 15 de agosto, um pedido para abertura de um processo administrativo disciplinar contra Cristina Yukiko Kusahara Gomes, chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O partido acusa-a de atuar de maneira irregular, transformando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE em uma estrutura paralela de investigação criminal, baseada em filtragens de dados sem autorização judicial e motivada por afinidades políticas — supostamente para justificar prisões e medidas do STF relacionadas ao 8 de janeiro.
A representação se apoia nas mensagens vazadas conhecidas como "Vaza Toga", divulgadas em agosto de 2024, que revelaram diálogos entre assessores do ministro orientando a produção de relatórios informais para embasar decisões judiciais. O Novo demanda a abertura de processo disciplinar, com penas previstas, incluindo a demissão da servidora ao final da apuração.
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