O jornalista português Sergio Tavares contou detalhes de sua detenção no aeroporto de Guarulhos e do interrogatório pelo qual passou com a Polícia Federal. Durante participação no programa da Gazeta do Povo Sem Rodeios, nesta quarta-feira (28), ele informou que a versão divulgada pela polícia sobre o motivo do interrogatório não condiz com o documento emitido pela própria PF e que tomará providências para que haja consequências aos responsáveis pelo que classificou como uma atuação "vergonhosa" por parte das autoridades brasileiras.

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Em entrevista aos comentaristas Cristina Graeml, Jorge Serrão, Marco Antônio Costa e ao apresentador Guilherme Oliveira, Tavares revelou ainda que o próprio delegado da Polícia Federal não sabia justificar por que o interrogatório. "Eu nem sei ao certo por que você está aqui. Estou à espera de indicações", teria dito o delegado, segundo o jornalista.

As indicações, então, teriam vindo de Brasília, referentes a perguntas sobre o 8 de Janeiro, ministros do STF e à ditadura do Judiciário.

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"Tenho documento assinado pelo delegado da PF com todas as questões do interrogatório e são todas questões políticas, sobre o 8 de janeiro, sobre dois nomes em particular, Flavio Dino e Alexandre de Moraes, sobre ditadura do Judiciário, sobre tudo que tem a ver com questões políticas, crimes de opinião e não há nenhuma única menção ao visto. Ou seja, a Polícia Federal comete um erro inacreditável, que foi publicar uma justificativa às pressas por um incidente que teve repercussão nacional e internacional com uma mentira", relatou no programa.

Para Tavares, as autoridades portuguesas foram cúmplices. "Só eu passei por vistoria de rotina e a comunicação social portuguesa não noticiou, nem o governo emitiu nota de repúdio", enfatizou.

Assista ao programa na íntegra e à entrevista completa clicando na imagem acima.