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Sem Rodeios

Possível de fuga do país com passaporte português complica situação de Mauro Cid

O tenente-coronel Mauro Cid foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta (13) após o ex-ministro Gilson Machado, da pasta do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PL), ser preso mais cedo. Há a suspeita de que houve tentativa de obstrução de Justiça após surgir a informação de que Machado tentou intermediar para ele um passaporte português.

Cid também chegou a ser alvo de um mandado de prisão junto do ex-ministro, mas a ordem foi revogada durante a ação da Polícia Federal em Brasília, onde o tenente-coronel mora e responde ao processo em liberdade por ter firmado um acordo de delação premiada.

PF prende ex-ministro Gilson Machado

Segundo informou a Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta (11), a Polícia Federal apontou a atuação de Machado junto ao Consulado de Portugal na capital pernambucana, no mês passado, para “obter a expedição de um passaporte português em favor de Mauro César Barbosa Cid, para viabilizar sua saída do território nacional”, mas que “não obteve êxito na emissão do documento”.

“Sendo possível, porém, que ele busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo objetivo, conforme os dados encaminhados”, seguiu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no pedido enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há a suspeita de que Cid poderia utilizar o documento no futuro para deixar o país, assim como fez a deputada federal afastada Carla Zambelli (PL-SP) mais recentemente, após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão por uma suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022.

"Possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual", completou Gonet.

Carla Zambelli pode ser presa “a qualquer momento”, diz embaixador brasileiro na Itália

O embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, afirmou que a deputada federal afastada Carla Zambelli (PL-SP) pode ser presa a “qualquer momento” e que a Polícia Federal já sabe a localização dela. A parlamentar chegou ao país europeu na semana passada após anunciar que deixou o Brasil para fazer um tratamento médico no exterior.

No entanto, para a Justiça brasileira, ela fugiu para não cumprir a condenação de 10 anos e 8 meses de prisão por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a execução da prisão e a perda de mandato da parlamentar.

“Evidente que há uma mobilização para deter deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, disse Mosca em entrevista à GloboNews.

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O programa Sem Rodeios traz a melhor análise diária do noticiário de política e dos bastidores de Brasília com comentários ao vivo de Jorge Serrão, André Marsiglia, Júlia Lucy, Karina Michelin e Deltan Dallagnol. Apresentado por Rossana Bittencourt, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

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