Aliados de Jair Bolsonaro já consideram a condenação no STF como inevitável e focam no pós-julgamento. A aposta é que Donald Trump, presidente dos EUA, endureça as sanções via Lei Magnitsky, estendendo-as a outros ministros além de Alexandre de Moraes. O grupo também teme que Trump vá além e imponha novas tarifas ou até um embargo comercial ao Brasil, o que poderia gerar sérios desgastes políticos e eleitorais. Enquanto isso, figuras como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo se articulam em Washington para discutir os desdobramentos do julgamento.
Julgamento de Bolsonaro pode definir o futuro político do país
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta terça-feira (2), o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. O processo pode resultar em penas superiores a 40 anos de prisão. A denúncia baseia-se na delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que afirmou que Bolsonaro e seus aliados planejaram ações para contestar o resultado eleitoral e incitar a insurreição, culminando nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Voto de Fux é a principal incógnita no STF
O voto do ministro Luiz Fux no julgamento de Jair Bolsonaro é considerado a principal incógnita entre os colegas do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ser visto como um magistrado técnico e ponderado, Fux tem demonstrado posições políticas mais visíveis, especialmente em relação à defesa da democracia e da Constituição. Sua postura tem sido de cautela, evitando se alinhar publicamente a qualquer corrente política, o que aumenta a expectativa sobre seu posicionamento no julgamento. Além disso, Fux tem se mostrado sensível à opinião pública e à repercussão de suas decisões, o que pode influenciar sua postura no caso envolvendo Bolsonaro.
Amin protocola CPI da Vaza Toga com 29 assinaturas
O senador Esperidião Amin (PP-SC) protocolou no Senado o pedido para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Vaza Toga, com o objetivo de investigar supostas irregularidades administrativas no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2018 e 2025. O requerimento conta com 29 assinaturas e aguarda leitura em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para ser efetivamente instalado. A CPI pretende apurar denúncias de produção de provas de forma "criativa" para sustentar narrativas relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. O ex-assessor Eduardo Tagliaferro, apontado como responsável pelo vazamento de informações sigilosas, é uma das principais fontes das denúncias.
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