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Vídeo:| Foto: Reprodução RPC TV

Cascavel – A desocupação da fazenda Três Pontos, em Diamante do Oeste, no Oeste do Paraná, terminou em confronto entre integrantes do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e policiais militares. De acordo com o MST, pelo menos dez pessoas foram feridas por balas de borrachas e agressões durante o confronto.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, três pessoas foram presas por porte ilegal de arma e mais seis detidas por desobediência. Foram apreendidas armas, munições e garrafas com combustível no acampamento. No começo da noite, a polícia ainda fazia um levantamento do total de prisões e apreensões realizadas.

A operação mobilizou um aparato de aproximadamente 800 policiais oriundos de 14 batalhões do Paraná, além de viaturas do Corpo de Bombeiros e ambulâncias. Eles se concentraram em Toledo, de ontem partiram pela manhã em comboio até Diamante do Oeste. Na cidade, os policiais se depararam com uma barreira humana armada pelos sem-terra. Eles também bloquearam com toras de madeira e pedras dois pontos da PR-148, entre Diamante do Oeste e Santa Helena. Armados com pedaços de paus, foices e facões, os integrantes do MST protestaram contra a reintegração de posse da fazenda, ocupada desde 30 de janeiro por 300 famílias.

A resistência obrigou a polícia a recuar e iniciar uma negociação. Por volta das 10 horas, o comandante da operação, major Celso Luiz Borges, e líderes do MST firmaram um acordo que estabelecia a retirada pacífica. Em seguida, o trânsito na rodovia foi liberado. Mas quando a desocupação se encaminhava para uma solução pacífica, houve o confronto, por volta das 14 horas, na entrada principal da fazenda, onde os sem-terra haviam se concentrado. Não se sabe qual dos lados iniciou a confusão. A polícia usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. "O comandante da operação fez um acordo com os sem-terra. A gente ia sair para outra área, mas a ação da polícia pegou de surpresa o nosso pessoal", disse Celso Barbosa, um dos líderes do MST no Oeste do estado.

A reportagem tentou um contato com o comandante da operação, mas ele não foi encontrado para comentar as acusações do MST. Em meia hora, os policiais controlaram a situação e avançaram porteira adentro. Até o fim desta edição, a reintegração não tinha acabada. As famílias foram colocadas em caminhões com os seus pertences e levadas para os locais de origem. A fazenda tem 1,8 mil hectares e é considerada produtiva pelo Incra.

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