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Os presos da delegacia de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, se rebelaram no final da manhã desta quarta-feira (28), danificando parte da infraestrutura da carceragem. Os detentos reivindicavam melhorias nas condições da prisão. O local tem capacidade para 28 pessoas, mas comporta 132.

A insurgência se iniciou pouco antes do meio-dia. Alguns presos conseguiram fugir das celas, mas foram contidos pela porta que separa a área da carceragem dos outros setores da delegacia, de acordo com a Polícia Militar. Os policiais pediram então reforço do Batalhão de Choque e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). No total, cerca de 70 policiais foram deslocados até o local para tentar conter os presos, de acordo com o sub-comandante do Batalhão de Choque Luiz Marcelo Maziero.

"Houve o pedido para que eles [os detentos] retornassem para as celas. Como não acataram a ordem, entramos com escudos balísticos e os colocamos no pátio", conta Maziero. O policial afirma que a rebelião foi contida por volta das 15h. Duas das oito celas ficaram com as portas danificadas. Os policiais realizaram uma revista nas celas, mas nada foi encontrado.

Ninguém ficou ferido. Os presos reivindicavam melhorias na carceragem, principalmente em relação a alimentação e a alta quantidade de presos. Segundo a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a delegacia tem capacidade para 28 detentos. A Polícia Militar afirma que há 132 detidos na carceragem- ou seja, quase cinco vezes a capacidade.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) afirmou por meio de nota que serão transferidos 75 dos 131 presos que estavam na carceragem. O Centro de Triagem II receberá 23 detentos e o Depen absorverá 20 presos do CT II. Outros 52 serão transferidos para delegacias da região metropolitana. A reportagem da Gazeta do Povo acompanhou a transferências dos presos feitas até as 17h30 e contou 26.

A nota ainda traz a informação de que o Setor de Infraestrutura da Polícia Civil fez o levantamento dos estragos e a reforma começa nesta quinta-feira (29).

Essa é a segunda rebelião na região de Curitiba neste mês - no dia 10, um preso morreu e outros três ficaram feridos durante uma insurgência no 11º Distrito Policial, na Cidade Industrial de Curitiba. A Sesp não cumpriu o compromisso de desativar a caceragem no prazo prometido na mesma semana da rebelião.

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