Tudo começou em 1993, quando Antônio Rogério do Nascimento decidiu sair de Mato Grosso do Sul para conhecer o mundo sobre duas rodas. Hoje, 17 anos e 365 mil quilômetros depois, Antônio, de 36 anos, registra em seu diário a passagem pela Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, México e Angola. Em uma parada em Curitiba para descansar e cuidar da saúde, antes de partir para o Nordeste, Neguinho do Asfalto, como é conhecido, contou à Gazeta algumas peculiaridades e dificuldades que encontrou no caminho.
A aventura é fruto de uma promessa, por ter conseguido um transplante de pulmão e de rim após 13 anos de internação: viajar por 30 anos em uma bicicleta, sem voltar para casa. "Já tinha vontade de conhecer o mundo. Aproveitei para fazer um agradecimento a Deus", conta. Aos 17 anos, Antônio saiu do hospital onde estava internado, em Campo Grande, deixou pais e irmãos em Corumbá, sua cidade natal, e partiu para a Bolívia. Foram 20 dias pedalando até chegar ao país, onde permaneceu por três meses.
Ao chegar a Guadalajara, no México, com a ajuda do consulado brasileiro, embarcou no navio que o levaria à África, há cerca de seis anos. Ficou em Angola por dois anos, conhecendo a vida dos moradores. "O sofrimento é muito maior do que se imagina: as crianças são secas de fome, tem gente comendo barro. É uma tristeza."
Mas a empreitada também rendeu momentos de tensão. Um deles aconteceu em São Paulo, quando levou um tiro nas costas em uma tentativa de assalto. O outro no Rio Grande do Norte, onde levou uma facada, quando tentavam novamente roubar sua bicicleta. "Não tenho medo de nada, porque sempre peço proteção a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, mas não pedalo mais à noite", revela. "Sempre conto com a ajuda e a boa vontade das pessoas, principalmente de caminhoneiros, que me oferecem alimento e até um teto para dormir."
Guiness
Depois de cumprida a promessa, Neguinho pretende entrar para o Livro Guinness dos Recordes, como o homem que mais andou de bicicleta no mundo, e se aposentar como atleta, apresentando todas as declarações de prefeituras e secretarias de esporte que comprovam sua presença em mais de 35 mil cidades.
Com informações de Mariana Domakoski.
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