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Se muitas faculdades particulares já começam seus cursos com menos universitários que o desejável, outras também perdem estudantes durante a vida acadêmica. "Estimamos que, em cada turma, 20% dos estudantes não cheguem à formatura", afirma José Pio Martins, do UnicenP, ressaltando que o número já considera as reposições com alunos que vêm de outras faculdades. A PUCPR estima uma evasão de pouco menos de 10% em seus cursos, mas observa que nem todos estes alunos efetivamente abandonam os estudos – eles podem mudar de habilitação ou turno dentro da universidade.

"Abandono até a Federal tem. A diferença são as causas", diz José Macedo Caron Junior, presidente do sindicato das escolas particulares. No caso do ensino privado, ele aponta a inadimplência como principal motivo de abandono, mas existem outros fatores, segundo Neuza Ramos, pró-reitora de Graduação da PUCPR. "Nas engenharias, por exemplo, há alunos que vêm com uma formação fraca em Física ou Matemática e não conseguem acompanhar. Vários acabam desistindo depois de reprovados", conta. Por isso, as universidades têm adotado aulas de reforço para os estudantes com dificuldades.

Outra causa é a falta de identificação com o curso, já que os vestibulandos são obrigados a decidir a carreira muito jovens e sem informação. Por isso as feiras de cursos são importantes, completa a pró-reitora. Para impedir o esvaziamento das salas durante o curso, as faculdades adotam programas de transferência, mas concorrem com o Provar, da UFPR, que em 2005 ofereceu 1.166 vagas e permitiu o ingresso de 461 estudantes vindos de outras instituições.

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