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O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná denunciou à Justiça uma quadrilha de roubo de caminhões de cargas que atuava na BR-116, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. As 21 pessoas que pertenciam ao grupo foram presas pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal em fevereiro deste ano, na Operação Mirante da Campina. A ação tramita sob segredo de justiça.

Segundo o MPF, a maioria dos veículos roubados pertencia aos Correios e carregavam encomendas do serviço Sedex. As investigações conduzidas pela polícia tiveram início em 2013. Conforme o Ministério Público, grande parte dos envolvidos nos crimes tinham uma idade média de 20 anos e moravam nas proximidades dos locais onde os crimes eram praticados.

Atuação O MPF informa que a quadrilha atuava de duas formas: por meio de saques de mercadorias de veículos envolvidos em acidentes na rodovia e pela abordagem dos veículos de carga em grupos de quatro a oito pessoas. Eles usavam armas de fogo e carros de passeio.

As investigações apontaram que os veículos usados na abordagem dos caminhões eram normalmente roubados nas proximidades do Hospital Angelina Caron, em que trabalhava um dos integrantes.

De acordo com o Ministério Público, o grupo acompanhava a movimentação da polícia ao longo da rodovia em um mirante instalado em uma Araucária no alto de uma colina. Para decidir o melhor momento para saquear os caminhões, os membros do grupo se comunicavam por meio do aplicativo para celular Whatsapp. O MPF afirma que as abordagens eram realizadas quando os caminhões estacionados em postos de combustível ou com os veículos de carga em movimento. Segundo o órgão federal, as vítimas eram rendidas e forçadas a dirigir até estradas de terra à beira da rodovia. O motorista era mantido sob a mira de armas de fogo durante a transferência dos objetos para outro veículo de carga.

Terminada a atuação nos roubos, o MPF informa que a quadrilha escondia a carga extraviada nas casas de moradores da região, que também contribuíam com a comunicação dos movimentos policiais e davam suporte à fuga e abrigo aos envolvidos.

Segundo o Ministério Público, as mercadorias roubadas eram vendidas por diversas pessoas envolvidas diretamente nos roubos ou por aqueles que davam suporte ao esquema.

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